AVANÇO

Vacina terapêutica contra cocaína e crack da UFMG começará testes em humanos

Publicado em 21/07/2023 às 14:13Atualizado em 21/07/2023 às 14:39
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A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) receberá alocação de R$ 10 milhões para o início dos testes clínicos em humanos da Calixcoca, uma promissora vacina terapêutica desenvolvida pela para combater a dependência de cocaína e crack. O investimento foi anunciado pelo governo de Minas Gerais nesta sexta-feira (21).

O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti se reuniu com a reitora da UFMG, Sandra Regina, quando foi fechado o acordo. De acordo com o secretário, o estado acredita que, caso a vacina demonstre eficácia, poderá auxiliar na redução dos impactos do consumo de drogas em Minas.

“É um recurso do estado. As primeiras fases do estudo foram fomentadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), e agora com os resultados promissores em camundongos, agora vem o ensaio clínico. A reitora nos pediu apoio e colocamos os primeiros R$ 10 milhões para que ela consiga fazer esses ensaios. Ela é muito promissora porque sua plataforma pode ser capaz de criar vacinas contra novas formas sintéticas”, explica. 

Sandra Regina, reitora da UFMG, explica que a vacina é produzida a partir de componentes químicos e tem o objetivo de combater a dependência de cocaína e crack. Segundo ela, os estudos já demonstraram resultados expressivos. Agora, a pesquisa entra na fase clínica, que deve durar aproximadamente dois anos.

“Temos reuniões com a Anvisa para ver quais são os procedimentos adotados. Teste clínicos são com as pessoas, e esse aporte inicial vai deixar com que a gente deixe esse salto. Os testes devem começar em breve, mas deve demorar de um a dois anos para termos esse resultado. Temos uma demanda social muito grande e acreditamos que vai mudar todo o tratamento da dependência do crack e cocaína”, afirmou. 

O Brasil é o segundo maior consumidor mundial de cocaína, de acordo com dados da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Fife), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU). A droga se tornou um problema de saúde pública no país, e tanto o governo federal quanto os estaduais buscam alternativas para tratar os dependentes dessa substância.

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