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Por que será???

José Humberto da Cunha
Publicado em 05/08/2013 às 11:24Atualizado em 19/12/2022 às 11:42
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Ultimamente alguns diretores de empresas indagam-me sobre uma determinada situação que, mesmo tendo uma certa “curiosidade”, nunca tive tempo para questionar.

É a seguinte: “Por que somente o SEBRAE é “capaz” de “resolver” todas as dificuldades da micro e pequena empresa? E por que na maioria, se não na totalidade das vezes, é só um determinado instrutor que atua? Será que não existem outras instituições capazes? Onde estão as Universidades, através de seus eficazes cursos de Administração, Economia e Ciências Contábeis? As Federações de Indústria, do Comércio, da Agricultura? Os Sindicatos Patronais, com suas verbas para implementar programas de desenvolvimento de seus associados? E por que ficam “dependendo” de verba do SEBRAE?  Por acaso o SEBRAE é banco de fomento? Se não for, parece ser.

E os Instrutores, para Programas de Qualidade Total e ISO 9000 (por sinal um fracasso nas empresas de pequeno porte que tentaram implantar), só existe um único? Será que o SEBRAE, como instituição é única e o instrutor seria um “privilegiado” por DEUS?   Só ele que sabe das “coisas”?   Pode ser que sim...

Sinceramente, o SEBRAE não é “grupinho” ou uma “ação entre amigos”. É uma Instituição importante no contexto do Desenvolvimento Nacional. Mas, esta forma de atuar, tolhendo seus contribuintes diretos de outras fontes de informações, prejudicando este próprio Desenvolvimento, não é viável.

Aqui cabe, aos empresários que participam com 0,30% de sua folha de pagamento, ter todo o DIREITO de saber, inclusive, através de demonstrações contábeis, auditadas por empresas idôneas. A propósito, alguém já viu algum deste tipo de demonstrativo? Quando? Onde? Eu nunca vi. Então, vamos esperar esses demonstrativos e as respectivas explicações. Esperar também ações que nos indiquem saída do “intramuros” para uma atitude, no mínimo, mais transparente.

Penso que ninguém deve pagar algo, quando não sabe para onde vai o seu dinheiro. Qualquer um, seja quem for, quando administra dinheiro de outrem, tem de prestar contas. Ou não tem? E esta prestação de contas com as demonstrações respectivas devem ser completas. Inclusive, indicar para onde são carreados os recursos arrecadados junto a estes associados compulsórios. Cabe então, aos empresários, cobrar este retorno beneficiando o Desenvolvimento de suas Organizações/Empresas. 

Agora, se nesta “embolada” tiver dinheiro ou subsídios público, quer seja municipal, estadual ou federal, quem tem de agir somos nós contribuintes do Tesouro Nacional.

Finalizando, uma indagaçã Por que quando se vai a alguma instituição de fomento federal, como CEF e BB, para tentar obter um financiamento, a maioria de seus gerentes (existem exceções), plagiando a propaganda de uma Cia. de Distribuição de Petróleo, só mandam procurar o órgão acima citado? E por que algumas instituições como sindicatos ou associações patronais têm a audácia de dizer que estão comprometidas com ele? Não dão, sequer, abertura para outra linha de pensamento que poderia diversificar um pouco a linha instrucional de seus associados. Ora, isto é no mínimo estranho aos olhos até mesmo de leigos no assunto. Nem precisa conhecer ou ter noções de economia de mercado para gritar “Nos acuda Adam Smith” ou cantarolar “O que será, que será?...

José Humberto da Cunha

Professor de Gestão Estratégica Competitiva

 

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