Uberaba poderá aderir à paralisação proposta pela Associação Mineira dos Municípios. A medida já foi confirmada em 98 prefeituras
Uberaba poderá aderir à paralisação administrativa proposta pela Associação Mineira dos Municípios (AMM). A medida já foi confirmada em 98 prefeituras do Centro-Oeste e Sul de Minas. Hoje, prefeitos foram convocados para reunião em Belo Horizonte e será discutida a possibilidade de estender o manifesto às demais cidades do Estado. A proposta da AMM é apenas um recesso nas áreas administrativas das prefeituras entre os dias 17 e 21 de agosto. Os serviços de Saúde, limpeza urbana e Educação não serão afetados.
O prefeito Paulo Piau (PMDB) participará do encontro com os demais gestores e afirma que Uberaba ingressará no manifesto se houver adesão coletiva dos municípios. “A situação não está boa para ninguém. O quadro está caótico e não temos como reduzir gastos na Educação e na Saúde, por exemplo. Então, estarei junto com a maioria dos prefeitos”, declara.
Apesar de ser contrário à medida, o presidente da Amvale (Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Rio Grande) e prefeito de Conceição das Alagoas, Celson Pires, também garante que seguirá o posicionamento do grupo. Pires reforça que os municípios estão com dificuldades para fechar as contas, enquanto os repasses federais e estaduais estão atrasados este ano ou com perspectiva de redução.
Por isso, é necessário buscar estratégias para resolver o impasse e sensibilizar o governo quanto à situação das prefeituras. “Nesse país tudo se faz com pressão. Não sou adepto a isso. Acho complicado paralisar meu município, mas também é difícil ficar nessa situação. Se tiver um meio menos agressivo, eu preferiria. Mas sou apenas prefeito de cidade pequena, então vamos discutir e ver o que a maioria vai decidir”, justifica.
A prefeitura de Estrela do Indaiá, no Centro-Oeste, foi a primeira a decretar recesso administrativo, de 27 a 31 de julho, para conter gastos. No município, também estão previstas para o período a suspensão de compras no âmbito do Poder Executivo, redução do uso da patrulha mecanizada, racionalização de viagens, entre outras medidas.