Além da coleta de assinaturas, houve pronunciamentos contra o projeto do governo, considerado de exclusão
Neto Talmeli
Além da coleta de assinaturas, houve pronunciamentos contra o projeto do governo, considerado de exclusão social
Feira da Abadia foi palco de protesto contra a reforma da Previdência, ontem. Além dos pronunciamentos, sindicalistas e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil-OAB/Uberaba, recolheram cerca de mil assinaturas em abaixo-assinado contra o projeto, em tramitação na Câmara.
Integrante da comissão organizadora do ato, o presidente do Sindicato dos Educadores do Município de Uberaba (Sindemu) estima que cerca de 100 trabalhadores de diversos segmentos participaram da mobilização e abordaram as pessoas durante a feira para conscientizar sobre os questionamentos à proposta de reforma da Previdência.
Na semana passada, as críticas ao projeto apresentado pelo governo Michel Temer se intensificaram com o posicionamento da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) contra a proposta.
Em nota, a entidade manifestou que o Presidente escolheu o caminho da exclusão social e ainda posicionou que merece repúdio qualquer ameaça aos direitos conquistados de forma democrática.
A nota critica itens da proposta como uma idade única de 65 anos para homens e mulheres, o fim das aposentadorias especial para trabalhadores rurais, a redução do valor da pensão para viúvas ou viúvos e o fim do uso do salário mínimo como referência para o pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Ainda conforme o texto, a CNBB concorda que o sistema da previdência precisa ser avaliado e, se necessário, posteriormente, adequado à seguridade social. No entanto, a entidade afirma que os números do governo federal que apresentam um déficit previdenciário são diversos dos números apresentados por outras instituições, inclusive ligadas ao próprio governo.