EXPANSÃO

Planos da Gasmig podem contribuir para consolidar gasoduto vindo de SP

Gisele Barcelos
Publicado em 28/03/2024 às 19:44Atualizado em 29/03/2024 às 10:45
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Planos da Gasmig para expansão da rede de gás no interior do Estado devem contribuir para consolidar ramal do gasoduto do interior de São Paulo até Uberaba. A avaliação é do vice-governador Mateus Simões (Novo), ressaltando que a garantia de distribuição para o restante do território representará maior público consumidor.

Simões ressaltou que é preciso ter um grande consumidor âncora e viabilizar a construção do duto de São Paulo a Uberaba, porém a garantia de distribuir o gás torna o empreendimento rentável a longo prazo, devido à demanda de outras regiões. “Assumimos o compromisso de estruturar a rede de distribuição e espalhar pela região o gás que chegar a Uberaba. Assim, é possível beneficiar mais que o polo central e expandiremos o ramal na direção de Uberlândia e Araguari”, acrescentou.

Questionado, o vice ainda considerou como equivocada a decisão no passado de preterir a construção do duto a partir do interior de São Paulo e priorizar um ramal vindo de Betim para abastecer o Triângulo Mineiro. Segundo ele, embora a Gasmig tenha o monopólio legal dentro do Estado, os interesses corporativos não poderiam ter sobreposto o interesse público.

Para Simões, faltou um posicionamento da gestão atual no passado para conduzir melhor o processo. “O governo de Minas, como controlador da Gasmig, errou de não ter orientado de forma diferente. Quando uma empresa é estatal, precisa entender que também pratica política pública e não é só geradora de resultados. Para a Gasmig em si pode ter sido melhor manter mercado fechado, mas veja o atraso que significou para a região do Triângulo Mineiro. Deixamos de ter gás para atividade industrial, poderíamos ter uma planta de amônia pronta e teria condição na crise de fertilizantes de estar numa posição completamente diferente”, avaliou.

Com isso, o vice-governador repetiu que o governo estadual assumiu um compromisso de que a Gasmig não tomará qualquer medida que interfira no projeto para a implantação do gasoduto a partir de Paulínia. “Em tese, isso prejudica a Gasmig, que deixaria de vender o gás dela pelo ramal de Divinópolis, porque o gás virá de outro local. Mas, apesar de ter o monopólio legal do gás, não faremos nenhum tipo de movimento para atrapalhar a vinda do gás do interior de São Paulo”, reafirmou. 

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