Prefeito Paulo Piau quer evitar insegurança na atual equipe e pretende revelar as mudanças de uma vez e diz que agora a formatação da equipe é diferente do primeiro governo
Foto/Jairo Chagas
O prefeito Paulo Piau (PMDB) vai anunciar ainda este mês a lista completa do secretariado para o próximo governo. Apesar das especulações nos bastidores políticos em torno de alguns nomes, o peemedebista afirma que não falará sobre casos isolados, para evitar clima de insegurança entre os integrantes da atual equipe.
Piau justifica que, agora, o processo de composição da equipe é diferente do primeiro mandato. Ele salienta que ainda não havia um grupo formado, o que permitiu divulgar aos poucos os nomes confirmados para fazer parte da gestão. “Estou em uma situação diferente do João Doria, eleito em São Paulo. Ele está anunciando picadinho, mas não estava no governo”, salienta.
De acordo com o prefeito, os nomes para compor o secretariado do novo governo não devem ser anunciados isoladamente, para não criar expectativa entre os demais integrantes da atual administração. Por isso, ele prefere manter o sigilo até que a formação completa do próximo time esteja pronta. “A partir do momento que anunciar um secretário, estou criando instabilidade no restante. Eu sei que todos querem continuar”, argumenta.
O chefe do Executivo ainda salienta que a base aliada para o segundo mandato também sofreu alteração. Enquanto o PSD e o PTB aderiram ao projeto de reeleição do peemedebista, siglas como o PCdoB, o PR, o PRB, o PV e o PTC deixaram o grupo de governo para defender outras candidaturas majoritárias. “Estamos fazendo uma análise porque são outros atores que participaram da eleição. É um trabalho minucioso e difícil”, declara.
Além da decisão sobre os integrantes do primeiro e segundo escalões da Prefeitura, Piau ressalta que a avaliação também engloba os ocupantes dos cargos comissionados. Ele explica que cada caso está sendo analisado para definir antecipadamente quem será chamado de volta para o próximo mandato. “Temos que dispensar todos os designados e os contratados [agora no fim do ano]. Mas, para economizar, o funcionário que é imprescindível podemos recontratar imediatamente. Assim, não acaba com o vínculo e não há o pagamento do acerto trabalhista”, encerra.