SIAFI

PF investiga invasão ao sistema de pagamentos e desvio de recursos do governo

A investigação, que está sendo conduzida em sigilo pela PF

O Tempo
Publicado em 23/04/2024 às 10:26
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Fachada do prédio da Polícia Federal, em Brasília (DF) (Foto/Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Fachada do prédio da Polícia Federal, em Brasília (DF) (Foto/Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

A Polícia Federal iniciou uma investigação para apurar invasões ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), responsável pelos pagamentos do governo federal. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmada pelo O TEMPO em Brasília junto à Polícia Federal. Segundo a PF, foi aberto um inquérito e as investigações estão em andamento sob sigilo.

A investigação conta com o apoio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que está rastreando os suspeitos envolvidos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abordou o ataque hacker durante uma entrevista na sede da pasta, em Brasília. Ele destacou que sua informação é parcial e que não possui detalhes completos da investigação.

"O problema não está no Siafi em si, mas provavelmente relacionado à autenticação de acesso. A Polícia Federal está apurando como alguém autenticado obteve acesso, não sendo uma ação de um hacker que tenha violado a segurança. O problema está na autenticação (...) O sistema está protegido, e a PF está em busca dos responsáveis."

Segundo relatos, os especialistas em segurança cibernética da PF começaram a investigar o caso há cerca de duas semanas. Ainda não há detalhes sobre o montante supostamente transferido pelos invasores. Após o caso, o Tesouro Nacional, responsável pela gestão do Siafi, implementou medidas adicionais de segurança para autenticar os usuários habilitados a operar o sistema e autorizar pagamentos.

O Tesouro Nacional também divulgou nota e afirmou que "o episódio não configura uma invasão, mas sim uma utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular. As tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas e não causaram prejuízos à integridade do sistema".

Além disso, o órgão afirmou que "todas as medidas necessárias vêm sendo tomadas pela STN em resposta ao caso, incluindo a implementação de ações adicionais para reforçar a segurança do sistema".

E complementou: "O Tesouro Nacional trabalha em colaboração com as autoridades competentes para a condução das investigações; e reitera seu compromisso com a transparência, a segurança dos sistemas governamentais e a preservação do adequado zelo das informações, até o término das apurações".

General Amaro: Brasil tem 'nível intermediário' em maturidade cibernética

Em uma entrevista exclusiva ao O TEMPO em Brasília em janeiro deste ano, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Amaro, comentou sobre a situação da cibersegurança no Brasil. Ele afirmou que os ataques aos perfis nas redes sociais da primeira-dama, Janja da Silva, e da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República são apenas a "ponta do iceberg" nesse contexto.

Amaro, responsável por liderar a implementação da Política Nacional de Cibersegurança, destacou a importância de aprimorar a resiliência cibernética do Brasil, citando que o país está em um nível intermediário de maturidade nesse aspecto.

Somente em 2023, o governo federal registrou cerca de 5.600 notificações de ameaças cibernéticas, incluindo alertas sobre sistemas vulneráveis a incidentes em órgãos públicos. Amaro ressaltou a necessidade de atenção a esse tema, considerando os prejuízos bilionários causados por ataques cibernéticos, como invasões de sistemas e sequestro de dados.

Fonte: O Tempo

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