ESTRADA

Mateus Simões volta a defender devolução da Filomena Cartafina para Uberaba

Gisele Barcelos
Publicado em 26/09/2023 às 21:28Atualizado em 26/09/2023 às 21:49
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Mesmo com a municipalização da Filomena Cartafina, o vice-governador afirmou que o Estado continuaria dando suporte financeiro à Prefeitura (Gil Leonardi/Imprensa MG)

Mesmo com a municipalização da Filomena Cartafina, o vice-governador afirmou que o Estado continuaria dando suporte financeiro à Prefeitura (Gil Leonardi/Imprensa MG)

Em Uberaba para entrega de obras de revitalização da avenida Filomena Cartafina ontem, o vice-governador, Mateus Simões (Novo), voltou a defender a devolução da rodovia para o município após a recuperação. No entanto, ele posicionou que o Estado continuaria assegurando recursos para futuros reparos e conservação da via.

De acordo com Simões, a proposta é que a Prefeitura seja responsável pela fiscalização e o monitoramento das condições da rodovia. “O prefeito vê o problema e consegue atuar com velocidade. Nós, em Belo Horizonte, especialmente para vias de alto fluxo urbano como é o caso da Filomena, acabamos ficando muito distantes da realidade. Quando a gente chega para fazer intervenção, muitas vezes já passou o momento de intervir. Então, ao invés de fazer uma obra corretiva, a gente vai fazer uma grande obra de reestruturação. Por isso, no Estado inteiro, a gente tem pegado trechos de estradas estaduais que cortam municípios, e a parte que corta o município a gente está entregando para o município”, declarou.

Simões, inclusive, citou que a Filomena Cartafina já estava em situação precária em 2018 e o Estado era responsável pela via, mas não tinha um acompanhamento local e isso resultou em maior deterioração da pista. “Quem estava aqui já percebia o atraso que isso significava para a cidade. A gente não quer passar por um novo ciclo desse. A gente precisa garantir que quem tem melhor condição de fiscalização, porque está mais próximo do equipamento, seja o responsável pela fiscalização do dia a dia”, posicionou.

Mesmo com a municipalização da Filomena Cartafina, o vice-governador afirmou que o Estado continuaria dando suporte financeiro à Prefeitura para custear eventuais reparos e obras de conservação da rodovia. “Não há uma retirada do Estado no que diz respeito à necessidade de aporte de recursos. Não estamos falando em abandonar financeiramente, de forma alguma, essa via”, argumentou.

Simões ainda manifestou que não há qualquer objeção do governo estadual ao aporte financeiro para assegurar a conservação da via. “O nosso desejo é que a Prefeitura tenha condição de fazer esse acompanhamento sobre o desgaste do asfalto. Se for necessário, a gente chega num ajuste sobre financiamento para que ela possa fazer essa manutenção. Esse não é o ponto de entrave”, disse.

Apesar de demonstrar resistência à municipalização da rodovia inicialmente, a prefeita Elisa Araújo (SDD) sinalizou que pode aceitar a nova proposta do Estado desde que haja garantia de recursos financeiros. “Eu até aceito de volta, se vier o dinheiro junto para manutenção, porque são 30 quilômetros e nós sabemos o desafio que é fazer manutenção em estrada. Uberaba já tem 1.600km de asfalto e 5.300km de estradas rurais que são responsabilidade da Prefeitura. Então, preciso do reforço financeiro para manter a qualidade da Filomena Cartafina”, finalizou. 

Vice-governador defende também privatização da Cemig

Privatização da Cemig foi defendida pelo vice-governador Mateus Simões (Novo) durante visita a Uberaba. Em pronunciamento na cerimônia de entrega da recuperação da avenida Filomena Cartafina, ele posicionou que a desestatização da companhia é necessária para que possa atender à demanda de novos empreendimentos que chegam ao Estado.

Simões manifestou que, atualmente, a Cemig não tem agilidade e as novas empresas que se instalam em Minas Gerais precisam aguardar até que seja disponibilizada a ligação de energia elétrica. “É por isso que apresentamos na Assembleia Legislativa um projeto para discutir a privatização da companhia. Está na hora da Cemig deixar de ser uma estatal. A Cemig é bem gerida, é lucrativa e é uma empresa valiosa, mas ela não tem velocidade”, declarou.

O vice-governador ainda argumentou que haverá cuidados para evitar a oneração da tarifa em virtude da privatização da estatal, porém entende que não existe volta nos planos para venda da empresa. “Nós temos que garantir que a tarifa não suba e que a Cemig continue fazendo investimentos, mas para isso precisamos começar a discutir a saída do Estado do controle dessa companhia”, disse, fazendo um apelo para que os deputados estaduais aprovem o projeto que busca facilitar as regras para a venda de empresas públicas. 

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