POLÍTICA

Jornada de 30h seria dar 1 semana de folga por mês, diz Guaritá

Codau vai questionar judicialmente legalidade da greve deflagrada por trabalhadores da área operacional. A informação é do presidente da autarquia, Luiz Guaritá Neto

Gisele Barcelos
Publicado em 24/05/2016 às 23:23Atualizado em 16/12/2022 às 18:45
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Codau vai questionar judicialmente legalidade da greve deflagrada por trabalhadores da área operacional. A informação é do presidente da autarquia, Luiz Guaritá Neto, revelando que os grevistas podem ter o ponto cortado se a Justiça acatar a representação da autarquia. Ele alega que o reajuste no tíquete-alimentação representa aumento de 12,7% na capacidade de compra do trabalhador e que a implantação de jornada de 30 horas equivale a concessão de uma semana de trabalho a menos na autarquia.

De acordo com Guaritá, o departamento jurídico do Codau já estava com a representação pronta e o documento seria protocolado ontem na Justiça. Em entrevista à imprensa, o presidente da autarquia classificou que a greve é uma medida “fora de hora” e está “na contramão da crise econômica observada no país”. “Os trabalhadores do setor privado estão lutando para manter seus empregos. Estamos com 11% da população economicamente ativa brasileira desempregada. Já o funcionário público tem na estabilidade uma proteção”, argumenta.

O dirigente voltou a repetir que não há condições de oferecer o reajuste salarial de 11% reivindicado pela categoria. Ele pondera que o índice de inadimplência chegou a 42,7% e apenas o aumento do tíquete-alimentação de R$490 para R$650 já representou um impacto mensal de R$103 mil para a folha de pagamento, o que corresponde a um incremento de 12,7% nas despesas com pessoal.

Guaritá declara que o reajuste salarial acarretaria em oneração da tarifa de água este ano e a questão já foi descartada por determinação do prefeito Paulo Piau. “É impensável neste momento de crise econômica repassar o custo para o consumidor. Seria um contrassenso e estamos fazendo a defesa da população [ao acionar a Justiça em relação à greve]”, disse.

Quanto à redução da carga horária, o presidente do Codau defende que a proposta em estudo é a diminuição da jornada de 40 para 36 horas por semana. Neste modelo, o servidor trabalharia seis horas de segunda a sábado. Hoje são oito horas de segunda a sexta. A jornada de 30 horas/semana pleiteada pelos trabalhadores foi considerada “impraticável”, conforme o dirigente. Ele argumenta que a situação acarretaria atrasos para o atendimento das solicitações. “É como se, em cada mês trabalhado, a gente deixasse os funcionários uma semana de folga. Seria impraticável redução nesse nível”, avalia.

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