Das 56 equipes analisadas, apenas seis tiveram nota “bom” e as outras 50 foram classificadas como ruim e regular pelo PMAQ
Foto/Marco Aurélio/PMU
Entre os problemas apontados está o fato de UBSs não contarem com cadeira odontológica para cada profissional da equipe de saúde bucal
Desempenho de equipes de Saúde em Uberaba caiu na última avaliação realizada pelo Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). Das 56 equipes analisadas, apenas seis tiveram nota “bom”. As demais foram classificadas como “ruim” e “regular”.
Segundo o resultado publicado no Diário Oficial da União, 13 equipes receberam a nota “regular”. Já outras 37 equipes foram consideradas como “ruim” na avaliação do Ministério da Saúde. As notas são utilizadas no cálculo dos repasses do auxílio financeiro federal destinado às unidades.
Entre os problemas apontados está o fato de Unidades Básicas não contarem com cadeira odontológica para cada profissional da equipe de saúde bucal e o equipamento ser dividido. Além disso, o governo federal analisou que parte das equipes de saúde não atendiam ao mínimo exigido dos padrões essenciais do programa.
O resultado mostra uma piora em relação à avaliação anterior em 2018, quando grande parte das equipes obteve notas positivas na análise do governo federal. Questionado, o secretário municipal de Saúde, Iraci Neto, posicionou que as notas divulgadas agora são referentes às visitas federais realizadas no primeiro semestre de 2017.
O titular da pasta argumenta que a conferência coincidiu com a época em que o município estava com lacunas no quadro de pessoal e trabalhando para recompor as equipes da atenção básica. “Em dezembro de 2016, houve o desligamento de quase 400 profissionais da atenção básica que eram contratados por causa do fim do primeiro mandato. Começamos 2017 com essa deficiência das equipes. Foi um momento de muita crise. Não é uma justificativa, mas hoje o cenário todo é diferente”, pondera.
Quanto à divisão das cadeiras odontológicas, Iraci afirma que a medida não foi adotada por falta de dinheiro para a compra de mais aparelhos. Segundo ele, a estrutura de algumas unidades de saúde é antiga e não havia espaço suficiente para ampliar o número de equipamentos. O secretário ressalta que reformas têm sido feitas dentro do possível e novas sedes também foram construídas para tentar sanar os problemas estruturais da rede. “Estamos aguardando o próximo ciclo de avaliação para que o resultado seja totalmente diferente”, salienta.