Diretor administrativo e financeiro da empresa revelou ao Jornal da Manhã que articulações caminham para estabelecer uma eventual parceria em torno do projeto
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Mapa do traçado completo do projeto do gasoduto, mas que deve ser viabilizado, numa primeira etapa, até Uberlândia
Direção da TGBC confirma manter as articulações com o governo estadual para consolidar a implantação do gasoduto de São Carlos (SP), mas ainda não há previsão para lançar nova chamada pública para a comercialização do gás.
Em entrevista por telefone, o diretor administrativo e financeiro da TGBC, André Macedo, confirmou que as conversações com o Estado estão caminhando para estabelecer uma eventual parceria em torno do projeto. Ele ressalta que a prorrogação da licença ambiental do duto até 2019 foi mais um avanço no processo de consolidação do empreendimento.
No entanto, Macedo posiciona que ainda não é possível estabelecer prazo para a abertura de chamada pública e retomar a tentativa de comercialização do gás. Em 2014, um processo chegou a ser aberto, mas foi cancelado porque apenas a Gás Brasiliano – empresa pertencente à Petrobras na época – manifestou interesse em contratar a capacidade do duto e a proposta financeira foi considerada inviável.
Questionado, o diretor da TGBC explica que a discussão em andamento com o Estado de Minas Gerais não seria para implantar o ramal completo, que prevê 905 quilômetros de duto a partir da Estação de Compressão de São Carlos até o ponto de entrega do Recanto das Emas (DF). “A princípio, seria apenas o trecho até Uberaba e Uberlândia, em Minas Gerais”, declara.
Macedo também esclarece que o gasoduto da TGBC não pertence à faixa de domínio da Petrobras, onde já estão instalados a rede do oleoduto Osbra e o alcoolduto que interliga Paulínia, Ribeirão Preto e Uberaba. Segundo ele, o duto de São Carlos tem um traçado próprio já aprovado com licenciamento ambiental.
O projeto de São Carlos foi o primeiro a ser citado quando houve a assinatura do protocolo de intenções entre a Petrobras e o governo estadual para a construção da fábrica de amônia em 2011. Entretanto, o duto da TGBC acabou sendo deixado de lado por alternativas como o ramal de Ribeirão Preto (SP) e a proposta do ex-governador Antonio Anastasia (PSDB) de trazer o gás de Betim. Nem uma das duas avançou.