Projeto executivo do gasoduto mineiro foi finalizado, mas Gasmig ainda não tem previsão para dar pontapé no empreendimento
Projeto executivo do gasoduto mineiro foi finalizado, mas Gasmig ainda não tem previsão para dar pontapé no empreendimento. A afirmação é do presidente da Gasmig, Eduardo Andrade, que esteve em Uberaba ontem para reunião com representantes da Fiemg.
O presidente da estatal reforçou que a viabilidade econômica do duto mineiro depende da confirmação de demanda de gás. Ele posiciona que a fábrica de amônia consumiria 50% do gás transportado de Betim para Uberaba, mas com a interrupção da obra não há ainda perspectiva de outro cliente com o mesmo potencial de consumo. “Tudo depende de ter uma demanda muito grande [de gás] no Triângulo Mineiro”, pondera.
Na reunião com representantes da Fiemg regional, Andrade destacou que a Petrobras já sinalizou positivamente sobre a venda dos ativos da área de fertilizantes, especialmente as unidades de Uberaba e de Três Lagoas. Ele também avalia que existem investidores interessados no negócio e a transação deverá ser concretizada assim que o mercado estiver estabilizado.
O presidente da Fiemg regional, Altamir Rôso, acrescentou que o processo de impeachment e agora o período das eleições municipais travaram o avanço da negociação. No entanto, ele espera que o negócio seja consolidado quando passar o tumulto eleitoral.
São Paulo. Questionado sobre a possibilidade de trazer o gás de Ribeirão Preto, o presidente da Gasmig, Eduardo Andrade, confirma que a alternativa está em análise e ressalta que a proposta já foi discutida com o secretário estadual de Energia e Mineração, João Carlos de Souza Meirelles. Embora o trajeto seja menor e o custo mais baixo, Eduardo argumenta que há impedimentos legais que precisam ser resolvidos. “Existe uma questão regulatória no Brasil. A área de concessão do norte de São Paulo, que é da Gás Brasiliano, não pode fornecer gás para o Triângulo Mineiro, que é área de concessão da Gasmig. Um duto de distribuição não pode alimentar outro. Mas acredito que isso será superado”, analisa.
Ainda assim, o presidente da Gasmig salienta que o investimento no duto paulista também está condicionado à confirmação de um novo cliente consumidor. “Precisamos de um grande alavancador [...] Temos um estudo de demanda aqui em Uberaba e as indústrias locais teriam uma demanda de 150 mil metros cúbicos/dia de gás. Seria um volume pequeno para viabilizar um gasoduto partindo de Ribeirão Preto”, encerra.