O Exército Brasileiro desencadeou a operação Rastilho 3 e monitora a região do Triângulo Mineiro, bem como todo o território nacional
Neto Talmeli
Militares do Exército verificam carga em carreta durante a operação Rastilho 3, desencadeada na BR-050
O Exército Brasileiro desencadeou a operação Rastilho 3 e monitora a região do Triângulo Mineiro, bem como todo o território nacional. O objetivo da operação, segundo nota do Exército à imprensa, é intensificar as fiscalizações de empresas que trabalham com produtos explosivos nas fases de fabricação, importação, exportação, comercialização, armazenagem e transporte desses materiais. Ontem, as atividades ocorreram no posto fiscal de Delta, e cerca de 80 veículos foram fiscalizados, mas nem um apresentou irregularidade.
A área de responsabilidade de Uberaba é do Comando Militar do Planalto (CMP), a 11ª Região Militar (11ª RM) e concentra suas ações nos Estados de Goiás, Distrito Federal e Triângulo Mineiro. A operação em Uberaba ontem contou com o apoio de agentes da Polícia Militar (PM), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). A finalidade é reduzir ou evitar que explosivos utilizados por empresas registradas ou de origem ilícita sejam desviados e utilizados em atos criminosos.
As fiscalizações são feitas em duas etapas. Na primeira, há a fiscalização dos documentos das empresas para verificar se está tudo dentro das normas exigidas pelos órgãos públicos. A segunda parte da fiscalização acontece no depósito, onde ficam armazenados os explosivos utilizados. A atuação do Exército se baseia no previsto em lei e no Estatuto de Desarmamento, em coordenação e integração com os órgãos de segurança pública e agências governamentais com o objetivo de garantir a integridade da população.
Segundo informações, na última operação Rastilho, realizada em 2016, cerca de 100 empresas foram fiscalizadas e 12 toneladas de explosivos foram apreendidas, juntamente com 11.986 espoletas e 25.747 metros de cordel detonante. Seis empresas foram autuadas por irregularidades no trato com Produtos Controlados pelo Exército (PCE).