POLÍTICA

Indicado para presidente da Câmara, Montes não tem respaldo do PSD

Mais um nome foi lançado à presidência da Câmara Federal, e agora é do atual detentor do cargo, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ)

Marconi Lima
Publicado em 24/12/2016 às 23:34Atualizado em 16/12/2022 às 16:02
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Foto/Divulgação

Mais um nome foi lançado à presidência da Câmara Federal, e agora é do atual detentor do cargo, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Além dele, também trabalham para ocupar o principal posto da Mesa Diretora o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) e Rogério Rosso (PSD-DF).

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) sugeriu nome do deputado federal Marcos Montes (PSD) para a disputa. Mas, o próprio parlamentar admitiu, através de matéria publicada no site da FPA, que o PSD lançou a candidatura do atual líder, Rogério Rosso (DF), a presidente da Câmara, e destaca que se a candidatura de Rosso se viabilizar, a FPA terá que buscar outra alternativa. “A FPA quer ser representada na disputa e fico feliz de ter meu nome escolhido, mas minha candidatura depende do meu partido, o PSD”, explicou Marcos Montes.

De acordo com o site Congresso em Foco, o presidente Michel Temer acertou com os principais líderes de PMDB, DEM e PSDB o apoio à reeleição do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Os três partidos garantem mais de 140 votos para Maia na eleição interna, marcada para o dia 2 de fevereiro, após o fim das férias parlamentares.

Seguindo orientação do Planalto, a direção das três maiores legendas da base de apoio parlamentar ao governo não vão lançar nomes para concorrer com Maia. Quarta bancada governista de peso, o PP não deve lançar candidatos, na esperança de ocupar postos importantes na Mesa Diretora, caso venha a apoiar a reeleição do deputado fluminense.

Discretamente, o Palácio do Planalto trabalha para que Maia seja o candidato único da base governista. Para tanto, pressiona pela desistência dos dois nomes do chamado “centrão”, frente partidária com 13 legendas que discute as candidaturas do líder do PTB, Jovair Arantes, e do PSD, Rogério Rosso. O Planalto alega que o PSD está no governo e ocupa um ministério importante – o da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, com Gilberto Kassab – e estatais importantes, como os Correios.

O grupo, que também é da base de apoio ao Planalto, espera que o Supremo Tribunal Federal (STF) considere ilegal a recandidatura de Rodrigo Maia na mesma legislatura, como impede a Constituição. Impetrada pelo Solidariedade (SD), a ação será julgada pelo ministro Celso de Mello, mas pode não ser apreciada pelo STF antes da eleição do dia 2 de fevereiro, uma vez que o Judiciário entrou em recesso e só retorna ao trabalho para julgamentos a partir de 20 de janeiro.

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