GERAL

Morre o ex-governador de Minas, Rondon Pacheco

Rondon Pacheco iniciou na política em 1947, ano que se elegeu deputado estadual por Minas Gerais; em seguida, foi eleito deputado federal por Minas para os pleitos de 1951 a 1971 e 1983 a 1987

Da Redação
Publicado em 04/07/2016 às 09:12Atualizado em 16/12/2022 às 18:15
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Foto/Divulgação

Morreu nesta segunda-feira, aos 96 anos, em Uberlândia, o ex-governador Rondon Pacheco. Entre os cargos ocupados durante a trajetória política estão o de governador de Minas Gerais e ministro-chefe da Casa Civil durante o governo do presidente Arthur Costa e Silva.

Rondon Pacheco iniciou na política em 1947, ano que se elegeu deputado estadual por Minas Gerais. Em seguida, foi eleito deputado federal por Minas para os pleitos de 1951 a 1971 e 1983 a 1987.

Ex-governador de Minas, uma das últimas testemunhas ainda vivas que integrou em 13 de dezembro de 1968 a reunião do Conselho de Segurança Nacional, no Palácio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro, comandada pelo presidente Artur da Costa e Silva. Ali foi baixado o Ato Institucional número 5 (AI-5). Pedro Aleixo e Rondon Pacheco, mineiros que integraram a cúpula de 24 membros, foram vozes solitárias em oposição à medida que inauguraria os anos de chumbo da ditadura, conferindo poderes excepcionais ao chefe do Executivo, como decretar recesso do Congresso Nacional, intervenção em estados e municípios, cassação de mandatos, confisco de bens, entre outros. Em entrevista concedida ao Estado de Minas em fevereiro de 2014, então aos 94 anos, com boa memória, alinhavando os fatos históricos, Rondon Pacheco declarou ao repórter Gustavo Werneck: "Não vou censurar um governo do qual participei". Ele foi secretário geral da Arena e ministro-chefe do Gabinete Civil do marechal Artur da Costa e Silva (1967-1969) antes de assumir a presidência da Arena, legenda de sustentação ao regime militar e o governo de Minas (1971-1975).

Advogado, deputado federal udenista ligado ao governador mineiro Magalhães Pinto, Rondon Pacheco apoiou o golpe militar de 31 de março de 1964. Integrou na Câmara dos Deputados a base governista do primeiro presidente militar Castelo Branco com interlocução privilegiada junto ao Executivo como secretário geral da Arena, cargo que assumiu a partir da instituição do bipartidarismo, após a edição do Ato Institucional número 2 em 27 de outubro de 1965.

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