Poucas famílias realizaram recadastramento do Bolsa Família. O prazo termina em junho e apenas 110 beneficiários, de um montante de 998, realizaram a atualização dos dados
Foto/Arquivo
Poucas famílias realizaram recadastramento do Bolsa Família. O prazo termina em junho e apenas 110 beneficiários, de um montante de 998, realizaram a atualização dos dados. E o prazo não deve ser prorrogado.
A dificuldade desta vez, segundo a coordenadora do Núcleo de Assistência Social, Vânia Guarato, não é com a localização destas famílias, pois está sendo feita uma busca ativa. A equipe da Secretaria de Desenvolvimento Social está visitando todos aqueles que precisam se recadastrar. “Estamos batendo de porta em porta, alertando as famílias de que precisam realizar o procedimento, informando os documentos necessários, mas mesmo assim elas não estão se recadastrando”, destaca Vânia.
A revisão cadastral deve ser feita o quanto antes, se as famílias deixarem para o fim do mês, correm o risco de ter o benefício bloqueado. “Enviamos os dados online, mas o ministério precisa fazer a análise e, para isso, são necessários alguns dias. Se a pessoa nos procura um dia antes de vencer, com certeza não será possível fazer a análise a tempo”, relata a coordenadora, lembrando que se o benefício for bloqueado, somente é possível reverter depois de dois a três meses, e isso pode gerar problemas.
Vânia acredita que as famílias devem procurar a secretaria depois que o benefício for bloqueado, pois muitos acreditam que não há bloqueio pela falta de revisão. Mas acontece, sim, e os dados precisam ser atualizados. “E com essa crise econômica no poder público, eu acredito que haverá um ‘pente-fino’ bem intenso. Não que o programa acabará, mas o governo federal já se posicionou sobre o cruzamento de dados com muito mais precisão”, destaca a coordenadora.
Sobre a possibilidade de prorrogar o prazo de recadastramento, Vânia revela que ainda não tem informações sobre o assunto. “Em agosto começamos a realizar a atualização de dados de outros benefícios. Não acredito que haverá prorrogação porque o governo está mais rígido”, finaliza Vânia.