Durante protesto, Piau reforçou os motivos que inviabilizam reajuste

Durante a mobilização ontem, o prefeito Paulo Piau (PMDB) aproveitou discurso para reforçar os motivos para não conceder reajuste salarial ao funcionalismo este ano. PP argumentou que era uma decisão complicada, principalmente em ano eleitoral, mas não haveria condições de oferecer qualquer percentual à categoria.

Em entrevista à imprensa, Piau acrescentou que a administração municipal realizou vários avanços para valorização profissional dos servidores e também justificou que a decisão de não conceder reajuste é para assegurar a manutenção do pagamento do salário. “Não temos como reajustar salário e muito menos corrigir inflação. Foi uma decisão extremamente difícil, pois no meu governo sempre valorizamos os servidores. Mas temos que trabalhar com a realidade. Se dermos aumento, não vamos ter como pagar os salários e manter os serviços essenciais”, disse.

O prefeito ainda destacou que é necessário encerrar o mandato e fazer o possível para cumprir os critérios da Lei de Responsabilidade Fiscal, mesmo com a crise financeira enfrentada pelos municípios. “Dos serviços essenciais não podemos abrir mão. No entanto, para outras atividades, o dinheiro acabou. A economia diminuiu quase 4% em 2015 e a tendência este ano é diminuir mais. Não temos como fazer milagre”, enfatizou.

Além de um alerta à comunidade sobre os problemas das prefeituras, Piau também considerou que o ato foi um chamado para os congressistas acelerarem a definição em torno da questão do impeachment para permitir que o Brasil volte a caminhar. “É preciso parar de brigar e tomar uma decisão, seja ela qual for. O cenário atual causa instabilidade, insegurança e falta de credibilidade. Qualquer que seja a decisão, ela tem que ser tomada com urgência”, conclui.