GERAL

Psicóloga explica como enfrentar a perda de pessoas queridas

A morte é um momento delicado e nem sempre sabemos como lidar com as consequências da perda de um ente querido. Trata-se de um assunto muito complexo e intenso

Thassiana Macedo
Publicado em 20/03/2016 às 18:06Atualizado em 16/12/2022 às 19:38
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Foto/Arquivo

A morte é um momento delicado e nem sempre sabemos como lidar com as consequências da perda de um ente querido. Trata-se de um assunto muito complexo e intenso, o qual muitas vezes gera desconforto, mas é perceptível que cada pessoa enfrenta as perdas de maneiras diferentes.

Segundo a psicóloga Vera Lúcia Dias, a melhor maneira de encarar a morte é considerá-la como parte da vida e aceitar que um dia, mais cedo ou mais tarde, seremos atingidos, seja pela própria morte ou pela de pessoas queridas. “Isso significa que, quando a morte nos visitar, não ficaremos desperdiçando energia com questionamentos do tip por que comigo?, por que agora?, por que desta forma?, porque compreendemos que ela existe para todos e o que varia são apenas as circunstâncias em que ela ocorre. Considerar a realidade e a certeza da morte nos obriga a dar mais qualidade à nossa vida e aos nossos relacionamentos, e a reavaliar projetos e rever prioridades”, explica.

A especialista ressalta que o processo de luto é um tempo necessário para quem sofre uma perda poder se reorganizar e seguir a vida sem a pessoa perdida. “Ele varia em duração e intensidade de pessoa para pessoa devido a fatores diversos, como a capacidade de superação do enlutado, provocando sintomas físicos, afetivos, emocionais, cognitivos e até espirituais.

Para Vera Dias, a sociedade atual ainda não está preparada para enfrentar a morte. “A sociedade nos obriga a viver como se fôssemos imortais, sem completar o ciclo da vida com a velhice e a morte. Há que se considerar a banalização da morte e do morrer que adentra diariamente os lares por meio dos noticiários que desnaturalizam o fenômeno. Morrer de morte natural aos 100 anos não é uma boa notícia, mas morrer aos 16, assassinado pelo tráfico de drogas, por acidente ou de outra forma antinatural, provoca curiosidade e, junto com isso, não se discutem profundamente questões éticas e legais que permeiam a contemporaneidade em relação à morte”, avalia.

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