POLÍTICA

Entrada forçada para combate ao Aedes começa este mês

De mais de 100 mil imóveis visitados, em cerca de 40 mil os agentes não puderam entrar por estarem fechados ou porque os donos não permitiram a realização do trabalho

Gisele Barcelos
Publicado em 17/02/2016 às 08:10Atualizado em 16/12/2022 às 20:04
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Foto/Neto Talmeli

Agentes de saúde encontram dificuldades de entrar em cerca de 40% dos imóveis visitados

Secretaria de Saúde já tem lista de imóveis que serão alvo de entrada forçada para o combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. A medida já foi respaldada pelo governo federal e deverá ser adotada a partir deste mês para eliminação de focos do Aedes aegypti, conforme o titular da pasta, Marco Túlio Cury.

Levantamento da Secretaria de Saúde aponta que, em janeiro, 100.630 imóveis foram percorridos, mas apenas 60.575 foram vistoriados pelos agentes. Outros 40.055 imóveis estavam fechados ou a entrada dos agentes não foi autorizada pelos proprietários. Um plantão foi realizado no feriado para tentar alcançar os locais fechados, mas o secretário informa que o problema não foi solucionado e o Judiciário precisará ser acionado para assegurar o acesso dos agentes e a eliminação de possíveis criadouros do mosquito.

Cury ainda não tem um número fechado de quantos imóveis devem ser alvo da entrada forçada, mas adianta que a medida abrangerá tanto residências quanto terrenos baldios e até prédios comerciais abandonados. Segundo ele, caso não haja cooperação dos proprietários, as providências para viabilizar o ingresso dos agentes começarão ainda em fevereiro. “Já temos apoio do MP e as ferramentas legais para que façamos isso”, ressalta. No caso de imóveis fechados para comercialização, há a necessidade de acordo entre proprietários e imobiliárias (leia detalhes na página 4).

O titular da Saúde argumenta que já se observa um aumento do número de casos de dengue na cidade, com total de aproximadamente 100 diagnósticos confirmados. Por isso, a necessidade de adotar ações mais severas para impedir a proliferação do mosquito, que também transmite doenças como a febre chikungunya e o zika vírus.

No entanto, o secretário volta a fazer um apelo para o engajamento da população no combate ao Aedes aegypti. Ele reforça que somente o trabalho do poder público não é suficiente, pois o controle diário cabe ao cidadão. “Temos que nos unir para acabar com o mosquito e não deixarmos água parada. A Prefeitura está potencializando a cada dia o serviço de zoonoses e de assistência médica, mas sozinhos não conseguiremos combater o mosquito. Cada um precisa cuidar do seu quintal e do seu terreno”, sentencia.

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