Paralelo ao trabalho para liberação de vagas, a Secretaria de Saúde também realiza um diagnóstico para identificar o motivo da superlotação das UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) com casos ambulatoriais. Relatório aponta que 70% dos pacientes que buscam as UPAs não estão em situação de urgência e emergência.
Conforme o levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, 9.618 foram atendidas na UPA do Mirante em maio. Do total, apenas 2.549 representavam casos de urgência ou emergência. Em termos percentuais, o número corresponde a 26% das pessoas atendidas. O restante – 7.068 pacientes – tinha quadros clínicos para atendimento nas unidades básicas de saúde. A tendência também foi a mesma na UPA São Benedit de 8.309 pacientes, somente 2.391 (29%) eram casos realmente de urgência ou emergência.
O secretário Marco Túlio Cury explica que equipe está conversando com os usuários classificados como casos não urgentes para identificar os motivos para a procura pelas UPAs, onde o tempo de espera é maior para quem não estiver em situação grave devido ao protocolo de classificação de risco. Na UPA, a prioridade são os casos de urgência e emergência. O atendimento não é por ordem de chegada.
Enquanto uma frente investiga os motivos para a migração dos pacientes ambulatoriais para as UPAs, Cury ressalta que outra medida adotada é uma operação pente-fino nas unidades básicas de saúde para corrigir as falhas apontadas na pesquisa. O secretário também destaca que os gerentes das unidades estão passando por treinamento para conseguir tornar o atendimento mais resolutivo nos postos de saúde.