CIDADE

Qual o futuro do Bosque do Parque do Jacarandá?

Com a presença de animais, vizinhos se queixam do mau cheiro e ambientalistas entendem que o encarceramento leva situação de estresse aos bichos, o que contraria diversas normas

Thassiana Macedo
Publicado em 07/06/2015 às 14:13Atualizado em 16/12/2022 às 23:50
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Criado em 1966, o Bosque Parque do Jacarandá, localizado na Vila Olímpica, enfrenta como problema o crescimento urbano em seu entorno. Com a presença de animais, vizinhos se queixam do mau cheiro e ambientalistas entendem que o encarceramento dentro da cidade leva situação de estresse aos bichos, o que contraria diversas normas preservacionistas. A proposta seria a retirada dos animais e a transformação do local em área verde, diante da riqueza de sua flora. A Prefeitura diz ter projeto de revitalização do bosque, mas o futuro do local ainda é incerto. O Jornal da Manhã ouviu ambientalista e empresa que investe na região e tem disposição de “adotar” o parque. Vereadora que defende a causa animal também apoia a transferência das espécies para reserva mais adequada. PMU aguarda liberação do Ibama para reforma.Projeto de revitalização do zoológico “Bosque Jacarandá” aguarda avaliação final do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) para entrar na fase de execução. Depois que o órgão liberar a obra, Prefeitura de Uberaba inicia processo de licitação para escolher a empresa responsável pela reforma do local.

De acordo com o subsecretário do Meio Ambiente, Marco Túlio Machado Borges, o novo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado em 2014, está sendo cumprido dentro dos prazos legais. “Ele determina adequação às normativas do Ibama. São adequações técnicas, que nós já fizemos. Tem as estruturais, que é as que estamos projetando para aprovação integral do instituto. Nós apresentamos o primeiro projeto, o qual o Ibama aprovou, mas fez algumas observações pontuais, como uma porta que abre para dentro e deverá abrir para fora ou uma grade que deverá ter alguns milímetros a mais do que o que foi previsto, mas nada que mude o escopo do projeto”, explica.

O projeto foi devolvido para a Prefeitura no mês passado para a revisão da planilha orçamentária pela Secretaria de Planejamento e será encaminhado novamente ao Ibama ainda em junho. O planejamento prevê reforma geral do bosque, o que contemplará toda a área de quarentena e dos recintos dos animais, reconstrução da área administrativa, entre outras. Após a conclusão do processo de licitação, que só deve ocorrer depois da liberação do Ibama, o cronograma previsto para a obra é de um ano.

Cerca viva deve minimizar impacto visual e sonoro sobre os animais. Em razão de o bosque estar localizado em área urbana, rodeado de residências e de empreendimentos em construção, o subsecretário explica que o Plano Diretor e a Lei de Uso e Ocupação do Solo preveem a preservação do parque ambiental e proteção dos animais. “Dentro do projeto de reforma já incluímos algumas medidas que mitigam esse estresse que pode ser causado. Elas já foram apresentadas ao Ibama e o órgão concordou. Vamos plantar uma cerca viva verde em volta de todo o zoológico a fim de minimizar o impacto visual e sonoro, além disso, alguns recintos vão ser virados para outro lado, para reduzir os efeitos sonoros. Ou seja, medidas técnicas que os engenheiros, arquitetos e biólogos chegaram à conclusão de que seriam necessárias”, informa Marco Túlio.

A ideia, segundo o subsecretário, é reformar primeiro a área de quarentena para onde os animais, que estão chipados e são acompanhados pelo Ibama, serão transferidos durante a reforma de cada recinto.

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