GERAL

Ex-prefeito depõe em processo de contratação de publicidade

Ele responde por fraude em licitação para contratação de agência de publicidade ao lado do ex-chefe de gabinete à época, jornalista Luiz Gonzaga de Oliveira

Daniela Brito
Publicado em 10/05/2015 às 13:43Atualizado em 17/12/2022 às 00:13
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Acontece na quarta-feira (13) audiência de instrução e julgamento em processo envolvendo o ex-prefeito Anderson Adauto (PRB). Ele responde por fraude em licitação para contratação de agência de publicidade ao lado do ex-chefe de gabinete à época, jornalista Luiz Gonzaga de Oliveira. A empresa, contratada de forma irregular, também está entre os réus da ação criminal. Todos também deverão prestar depoimento no mesmo dia perante o juiz Ricardo Cavalcante Motta, titular da 1ª Vara Criminal.

O processo foi ajuizado pelo então promotor do Patrimônio Público José Carlos Fernandes, em janeiro de 2013. Segundo os autos, a contratação emergencial da agência de publicidade, sem licitação, ocorreu de forma indevida, sendo o esgotamento financeiro orçamentário uma justificativa para que não houvesse a realização de processo licitatório.

A agência foi contratada em janeiro de 2006, na gestão do então prefeito AA, mediante concorrência pública, por R$1,8 milhão, para 18 meses de prestação de serviço, com possibilidade de prorrogação por meio de aditivo. Após sete meses, o saldo das despesas já havia alcançado o valor contratual, esgotando-se assim a dotação financeira orçamentária. O problema foi levantado pela própria administração municipal, através de parecer, e, a partir deste documento, o então chefe de gabinete solicitou a abertura de um novo processo licitatório, cujo valor contratual era de R$2,5 milhões para 12 meses de prestação de serviço. Ao mesmo tempo, ele também recomendou a realização de aditivo de 25% para elevar em R$450 mil o valor do primeiro contrato – o que foi atendido em setembro daquele mesmo ano pelo então prefeito. Já em dezembro de 2006, o chefe de gabinete recomendou a rescisão amigável com a empresa, que, efetivamente, foi confirmada. Já em janeiro de 2007, AA publicou decreto de emergencialidade para a contratação de serviços de publicidade e, coincidentemente, a mesma agência foi a escolhida, com a justificativa de que teria prestado bons serviços anteriormente. Nesta emergencialidade, a empresa foi contemplada com um contrato de R$1,2 milhão para quatro meses de prestação de serviços.

A audiência, marcada para as 14h30, também vai colher depoimentos de testemunhas de acusação e defesa.

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