ALTERNATIVA

Repasses do Estado não cobrem gastos de sua responsabilidade

Lídia Prata
Publicado em 23/05/2017 às 09:06Atualizado em 16/12/2022 às 13:09
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Confissão de culpa

Em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo” publicada nessa segunda-feira, o presidente Michel Temer voltou a descartar qualquer intenção de renunciar ao mandato, ao argumento de que esse gesto seria “admissão de culpa”. “Agora, mantenho a serenidade, especialmente na medida em que eu disse: eu não vou renunciar. Se quiserem, me derrubem, porque, se eu renuncio, é uma declaração de culpa”, afirmou.

Pinóquio!

Flagrado recebendo R$ 500 mil da JBS, o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) disse a aliados que “não sabia” da existência de dinheiro na mala entregue a ele por Ricardo Saud, em nome da JBS. Disse que apenas “desconfiou”, por conta do peso. Na versão de Rocha Loures, ele só soube que tinha dinheiro quando abriu a mala. Ah, coitado! Por que não devolveu, então?

Muita conversa

Fonte inesgotável de conversa fiada e informações infundadas, as redes sociais sapecaram de tudo nesse fim de semana. Dentre outras bobagens que circularam estão um suposto “complô” entre o ministro Fachin, JBS e PT para levar Lula de volta à Presidência da República. Pura balela. É tanta bobagem circulando pelas redes sociais que o cidadão desavisado acaba acreditando. Vale lembrar, porém, que a delação de Joesley Batista detonou Lula, Dilma, Mantega, etc. Como acreditar nesse complô?

Como fica? - A propósito, por que não foi decretada a prisão do ex-ministro Guido Mantega até agora, já que está claro ter sido ele o grande negociador com a JBS em nome do PT? Por muito menos a irmã do senador afastado Aécio Neves já está atrás das grades. Corrupção por corrupção, não tem santo nessa história. Mas é o tal negóci ou a lei vale para todos, ou não vale nada.

Absurdo dos absurdos – Não achei até agora quem defenda o acordo firmado pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, homologado pelo Supremo Tribunal Federal, dando-lhes “perdão judicial” tanto para os processos e investigações em curso, quanto para eventuais futuros processos e investigações. Verdadeiro absurdo essa excessiva benevolência. Ainda que tenha previsão legal, o instituto do “perdão judicial” nesse caso beira a imoralidade. Pior: abre precedentes para outros criminosos se livrarem das punições mediante a prática de um novo crime. É um estímulo à criminalidade.

Dedo duro

Delator Ricardo Saud colocou na roda das suas denúncias os deputados federais eleitos por nossa região. Entre os mais de 1.800 políticos que receberam dinheiro da JBS, Saud citou Marcos Montes (PSD), Aelton Freitas (PR) e Zé Silva (SD). Marcos Montes garantiu jamais ter feito promessas ou acordos em troca de apoios e que as contribuições financeiras recebidas foram registradas à Justiça Eleitoral. Aelton Freitas, por sua vez, afiançou ter recebido os valores oficialmente, conforme prestação de contas ao TSE. “Não existe uma vantagem pessoal em nada, em nenhuma decisão (posição) e nem um voto do ex-senador ou do deputado federal. Estou com a consciência tranquila”.

Pau pau, pedra pedra

Essas delações (e não apenas dos criminosos da JBS) têm colocado no mesmo caldeirão políticos que receberam dinheiro de empresas para financiamento de campanhas (o que era lícito, até então), com aqueles que trocaram seus serviços por dinheiro (propina). Há, claro, casos de dinheiro recebido oficialmente, assim como de dinheiro de caixa 2. E também quem se vendeu para beneficiar as empresas interessadas em benesses do governo. E isso vale para JBS, Odebrecht e todas as outras envolvidas nesse lamaçal de corrupção. Uma coisa é crime eleitoral. Outra é crime que deve ser julgado à luz da legislação penal brasileira.

No vermelho

A debilidade financeira da Prefeitura de Uberaba dificilmente terá solução a curto ou médio prazo. Pra se ter uma ideia, Alternativa apurou que o repasse do Estado ao Município não dá para cobrir as despesas que são de sua obrigação. No caso da Educação, por exemplo, contra uma despesa anual da ordem de R$ 1 milhão 820 mil com transporte escolar, o Estado repassa apenas R$ 263 mil por ano ao Município. O déficit, no caso, passa de R$ 1 milhão e 500 mil, montante este que o Município tem de bancar.

Se vira

No caso da merenda escolar a situação é mais grave. Segundo dados oficiais da Prefeitura, o Estado não repassa um único centavo para cobrir as despesas, hoje em torno de R$ 250 mil por ano para alimentação dos alunos e professores da rede estadual, especialmente daqueles que compartilham prédios escolares com alunos e professores da rede municipal. Que tal? Além de não fornecer o que é sua obrigação, o Estado não ajuda financeiramente o Município. Só de alunos matriculados na rede estadual são 538...

A Unimed Uberaba conseguiu chegar ao nível um e conquistar o selo ouro ao ser “Acreditada” pela ANS com nota que lhe garantiu o maior resultado no programa de qualificação das operadoras. Esse programa audita os processos da Unimed Uberaba, inclusive com a participação do Inmetro, e o resultado confirmou a excelência da gestão. Méritos de uma gestão dinâmica e empreendedora

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