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Especialista explica quais são os riscos do tabagismo entre os jovens

Na avaliação do pneumologista Luiz Antonio Bragagnolo Junior, há um forte investimento no marketing dos fabricantes de cigarro, especificamente para essa faixa etária

Publicado em 11/06/2017 às 17:49Atualizado em 16/12/2022 às 12:43
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Foto/Reprodução

O Brasil é um dos campeões na redução do número de fumantes devido ao aumento sucessivo de preço dos cigarros e aos alertas impressos nas embalagens

O número de mortes causadas pelo consumo de cigarro, que estava em quatro milhões, no ano 2000, saltou para mais de sete milhões, segundo dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O relatório, que avalia os custos do cigarro para a saúde, para a economia e seu impacto ambiental, informa que o tabaco é a principal causa evitável de doenças não-transmissíveis.

Em 2016, o Ministério da Saúde divulgou um estudo que constatou que 18,5% (1,8 milhões) dos brasileiros entre 12 e 17 anos já experimentou cigarro. Apesar destes dados, o país é um dos campeões na redução do número de fumantes devido ao aumento sucessivo de preço dos cigarros e aos alertas impressos nas embalagens, dado de abril de 2017.

O pneumologista Luiz Antonio Bragagnolo Junior ressalta que os principais riscos do tabagismo entre os jovens são o aparecimento e/ou piora de doenças respiratórias já existentes, como asma, bronquites e alergias, podendo comprometer a função pulmonar deles. “O tabagismo não prejudica o crescimento do pulmão, mas diminui significativamente a capacidade da função pulmonar”, explica.

Luiz Antonio destaca que jovens podem desenvolver mais facilmente a dependência do cigarro, levando ao desenvolvimento de outras doenças pulmonares. Entre elas, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), bronquite crônica e piora das alegrias respiratórias. “O jovem procura o cigarro por conta de questões de aceitação em um grupo, autoafirmação de personalidade e até mesmo por rebeldia. Além disso, existe também um forte investimento no marketing dos fabricantes de cigarro, especificamente para essa faixa etária”, avalia o pneumologista.

Questionado sobre em que medida esses riscos existem para jovens que não fumam, mas que estão expostos ao fumo passivo, o especialista argumenta que jovens tabagistas passivos têm também alta probabilidade de desenvolver ou piorar as mesmas doenças respiratórias que o fumante ativo. Ele salienta, ainda, que o cigarro é uma droga paradoxalmente lícita, e pode servir, em muitos casos, como primeiro passo para a experimentação de outras drogas ilícitas.

Na avaliação do pneumologista, as campanhas de esclarecimento, bem como as legislações proibitivas têm diminuído a quantidade de jovens fumantes. “Contudo, ainda há muita dificuldade em se veicular esse tipo de informação de forma mais maciça, e não há muita abertura na sociedade para difundir mais essa discussão”, lamenta.

Para o jovem que anseia parar de fumar, o especialista deixa a dica: “Procure uma avaliação específica com um pneumologista. Só assim será possível avaliar a função pulmonar adequadamente e orientar corretamente a cessação tabágica”, completa.

Fonte: Informações de assessoria Doctoralia

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