POLÍTICA

PGR volta a pedir prisão de Aécio Neves e Rocha Loures ao Supremo Tribunal Federal

Procuradoria-Geral da República recorreu ontem da decisão do ministro Edson Fachin, do STF, que indeferiu prisão preventiva do senador

Publicado em 23/05/2017 às 07:26Atualizado em 16/12/2022 às 13:09
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Reprodução

Senador Aécio Neves teve a prisão preventiva pedida por Rodrigo Janot e inicialmente foi negada pelo STF, mas ontem o procurador reiterou o pedido

A PGR (Procuradoria-Geral da República) recorreu ontem da decisão do ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), que indeferiu a prisão preventiva do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), delatados pela JBS.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pede a reconsideração da decisão de Fachin e, em caso de negativa, que o recurso seja levado com urgência ao plenário do STF. Segundo Janot, as gravações ambientais e grampos telefônicos decorrentes da delação premiada de executivos do grupo J&F, que controla a JBS, demonstraram que os parlamentares "vêm adotando, constante e reiteradamente, estratégias de obstrução de investigações da operação Lava-Jato".

De acordo com a PGR, Aécio e Loures só não foram presos em flagrante no momento do recebimento das parcelas da propina para que outras provas fossem coletadas posteriormente. Janot afirma no recurso que os políticos são pessoas "poderosas e influentes", cuja liberdade "pode levar ao uso espúrio do poder político". Ao negar o pedido de prisão, Fachin impôs medidas cautelares ao senador e ao deputado, como suspensão das funções parlamentares "ou de qualquer outra função pública", além de proibição de contatar outro investigado e de sair do país.

Em nota, a defesa de Aécio informou que "aguarda ser intimada para apresentar suas contrarrazões, oportunidade em que demonstrará a impropriedade e descabimento do pedido ministerial". O criminalista Alberto Toron, que defende o tucano, disse ainda que vai recorrer nesta terça da decisão do ministro e pedir a revogação das medidas cautelares impostas "por falta de base legal e constitucional".

"Não há qualquer motivo para a prisão do deputado Rodrigo Rocha Loures. A defesa aguarda pelo STF a manutenção da decisão que negou o pedido do Ministério Público. O deputado no momento oportuno irá prestar todos os esclarecimentos devidos", disse o advogado de Loures, José Luis Oliveira Lima.

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