REGINALDO LEITE

Reginaldo Leite

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 09/04/2016 às 16:08Atualizado em 16/12/2022 às 19:24
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 NO BARHEIN

A segunda etapa do Mundial de 2016 foi boa. Para falar a verdade, as voltas iniciais foram ótimas. Parecia uma corrida de verdade. Mas voltando ao presente ao final vimos que a equipe alemã corre sem adversários.

Solitário. Rosberg venceu de ponta a ponta. Não foi ameaçado em nenhum momento. Um favor de Bottas para o alemão. O segundo posto de Raikkönen não caiu do céu. Ele também se atrasou na confusão da primeira curva. Kimi, mais uma vez, nos brindou com sua espontaneidade ao falar no rádio, quando respondeu ao seu engenheiro que o mandava atacar. “O que você acha que eu estou fazendo, desde o início”.

Repeteco. Assim como na Austrália, Lewis se viu obrigado a fazer uma corrida de recuperação. Mas, desta feita, os danos foram maiores. E o bom e rápido Lewis conseguiu apenas o terceiro posto. Muito bom em relação ao seu início de corrida.

Certeza. Uma situação é certa: se Vettel estivesse na corrida, a vida de Rosberg seria um pouco mais complicada. Mas este tal de “se” nunca manda na realidade. Então nos resta torcer para que o carro italiano se mostre de verdade na China. Em classificação, vimos que não tem para ninguém. Mas em corrida, a Ferrari pode dar um calor nos chucrutes.

De novo. Ricciardo e a Red Bull repetiram o bom quarto no Bahrein, para desespero da turma da Williams. E para complicar mais ainda, Kvyat marcou pontos e à frente de seus pilotos. Outro piloto, da equipe filial, Verstappen também chegou na frente dos pilotos da equipe do drink.

De novo II. A novata Haas se mostrou bem novamente e aos poucos vai deixando de ser uma zebra. E o comentário de Pat Symonds ainda nos treinos da pré-temporada, agora se faz percebido. Pat comentou que não achava certo a equipe Haas correr com um carro que é praticamente uma Ferrari de outra cor. E que esse não era o rumo certo para a categoria. Não é tanto assim, o chassi, apesar de ser italiano, é da Dallara. Mas o resto é tudo Ferrari, até o segundo piloto.

Como sempre. A equipe Williams tentou uma estratégia arriscada com seus pilotos. A jogada era fazer apenas duas paradas enquanto o resto da turma faria três. Massa largou com os supermacios como todos top tens. E na corrida fez duas trocas usando os médios. Porém aqueles que optaram por três paradas foram mais eficientes. Quem mais ousou foi a equipe Haas que fez dois stints com pneus supermacios e o último, com macios. Repaginada. Se na questão estratégica a Williams novamente foi fraca, nos tempos de pit stop a equipe é outra e nem de longe lembra os péssimos desempenhos das temporadas anteriores. Desde o GP da Austrália vimos os mecânicos da Williams realizando ótimas trocas. Esse era um dos pontos fracos da equipe. Agora só falta resolver os pontos fracos do carro.

Irreconhecível. A Force India não vai levar nenhuma lembrança agradável da etapa bareinita. O carro não se adaptou ao traçado de Sakir e assim seus pilotos não conseguiram bons resultados na corrida, apesar do oitavo posto de Hulkenberg na classificação. Hulk terminou em décimo quinto e Perez, na sequência.

Ótimos. Com a proibição de Alonso participar da etapa bareinita, a vaga sobrou para o ex-campeão da GP2, Stoffel Vandoorne. Ele aproveitou bem sua primeira oportunidade num carro de F1 e conseguiu um pontinho na estreia. Isso é para poucos. Outro que vem chamando a atenção é Pascal Wehrlein da nanica Manor. Conseguiu um décimo quarto posto e chegou à frente de muitos carros superiores ao seu. Marquem esses nomes.

Observação. Esse GP começou eletrizante com muitas disputas e toques entre os carros. Posteriormente vimos muitas ultrapassagens e todas devido à nova medida da Pirelli de fornecer três tipos de pneus para cada etapa. A tática agora voltou a ter importância vital. Pelo menos, agora, vemos mais disputas. Se bem que ver um piloto com pneus médios de vinte voltas competir com outro usando macios ou supermacios de cinco voltas, não é uma boa disputa.

PS: Não tem como concluir essa coluna sem comentar a corrida da Moto 3 na Argentina. Essa categoria é a de maior disputa no Mundial. Aquilo que vimos em Rio Hondo foi único. Um piloto sem experiência de Mundial, conseguir abrir uma vantagem de 26 segundos sobre seus oponentes nunca aconteceu. Tudo isso numa pista meio molhada, meio seca e com pneus slick. Parabéns a Khairul Idham Pawi!

Uma ótima semana!!!

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