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Professor Danival – Parte I

No ano 1954, a Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (CNEC) inicia timidamente

Flamarion Batista Leite
Publicado em 06/08/2018 às 22:05Atualizado em 17/12/2022 às 12:16
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No ano 1954, a Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (CNEC) inicia timidamente no bairro Abadia uma pequena escola para atender os alunos daquela região da cidade, inclusive com cursos noturnos para os mais carentes. 

A escola foi crescendo e na década de 60 admitiu um jovem professor chamado Danival Roberto Alves para lecionar Francês, Filosofia, Português e, quando faltava algum professor, ele entrava na sala de aula e conduzia os alunos com seus vastos conhecimentos gerais.

Convidado pelo Dr. Rubem Jácomo e pelo professor Plauto Ricciopo, ele começou a ajudar na direção da escola.

Com seus amplos conhecimentos, carisma e personalidade forte, logo assumiu a direção geral do então ainda pequeno Colégio Cenecista Dr. José Ferreira. Foi o início da trajetória de crescimento da instituição que foi carinhosamente chamada de “Zezão”.

Em uma época em que bons professores eram raros ele escolhia os seus melhores alunos e convidava-os para serem monitores durante o período que eles não tinham aulas e os colocava para ajudar aqueles alunos com dificuldades. Assim que eles entravam na faculdade, ele os convidava para lecionar no colégio e terminava a lapidação com muito treinamento e eles vestiam a camisa do colégio e todos se transformavam em excelentes professores e, posteriormente, brilhantes profissionais nas suas áreas de atuação. Os que se formavam e saíam do colégio eram substituídos por outros lapidados por ele e a sequência de vitórias e aprovações em VESTIBULARES DIFÍCEIS aumentava a cada ano transformando o Zezão em uma máquina de aprovação nos principais vestibulares do Brasil. Em tempo, às vezes professores que não estudaram no Zezão eram convidados por ele para lecionar e também eram moldados ao seu estilo.

Cada canto, cada sala de aula, áreas de recreação do colégio têm o dedo do professor Danival e o trabalho ali realizado nunca vai mudar ou desaparecer porque ele deixou ali o seu gene.

Quaisquer que sejam seus substitutos, o colégio continuará grande porque a equipe que ele montou estará sempre presente e seus ensinamentos são para a posteridade. Como eu disse anteriormente seu gene está ali em qualquer lugar. (Continua)

 

(*) Foi Diretor da Escola de Química e Agrimensura de Uberaba de 1970 até 2014. Foi Presidente da ACIU no biênio 92-93. Foi Professor das Faculdades PESTALOZI em Franca, FAZU e FISTA em Uberaba e dos Colégios Diocesano e Nossa Senhora das Dores em Uberaba e Dom Bosco e Dom José Gaspar em Araxá

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