Durante praticamente toda a minha vida morei nos arredores da Praça Santa Terezinha, em Uberaba. Quando estudante, costumava ir diariamente à Igreja pedir sua intercessão para que eu me saísse bem nas provas do Colégio. Hoje, claro, os pedidos mudaram, não a fé. Todos os anos sou presença constante nas barraquinhas que são montadas na praça e não deixo de rezar para ela em seu dia, comemorado em 1º de outubro. Estamos, pois, no mês de Santa Terezinha.
Santa Tereza do Menino Jesus nasceu em 2 de janeiro de 1873 em Aleçom, na França. Com 14 anos teve a audácia de pedir ao papa autorização para entrar na ordem das carmelitas descalças e conseguiu, embora sua idade não fosse compatível na época. Ela sofreu por 3 anos de tuberculose e morreu em 1897, vencida pela doença, aos 24 anos. Sua vida foi simples e seu exemplo foi de amor. “Pegar um alfinete caído no chão, com amor, produz fruto de santidade” – era uma de suas falas. Gestos pequenos como este revelam toda a grandeza de um ser humano.
Contrastando com esse exemplo de simplicidade e dedicação entramos no mês de outubro com disputa eleitoral acirrada, que será lembrada por atitudes de intolerância, ódio, disseminação de mentiras, e agressividades de todos os lados. Sem pedir licença, manchamos um mês que deveria ser marcado pela imagem de uma santa dócil e respeitosa. O primeiro turno das eleições passou e hoje votaremos para decidir o futuro presidente do Brasil. Aquele que conduzirá os destinos do país pelos próximos 4 anos, espero com serenidade, comprometimento e transparência. Uma eleição desperta no povo o espírito competitivo e ansioso por vitória, mas a verdadeira batalha começará no dia 1º de janeiro de 2019 com desafios reais e de difíceis soluções. Manter o Brasil unido, livre de corrupção, com baixo nível de desemprego e credibilidade para se investir é o que esperamos e merecemos.
Em nome de Santa Terezinha, vamos terminar outubro em paz, reconhecendo o resultado das urnas, aplaudindo os vitoriosos e nos fortalecendo para a nossa missão de vigilância constante, cobrança implacável e intolerância com quaisquer atos de corrupção. O Brasil não tem dono, é de todos nós que o amamos e respeitamos com trabalho honesto e participação efetiva.
