Muitos me perguntam o porquê do meu estilo quando pego na pena para escrever
Muitos me perguntam o porquê do meu estilo quando pego na pena para escrever. E eu na minha pequenez, que deveras reconheço, respond se recebemos a dádiva de manejar as letras e não passarmos esse bem à frente, de nada adiantou tê-la recebido. “Quem tem a mão cheia e não quer estendê-la, corre o risco de perdê-la”; frase de um certo Zé.
Afinal, por que me questionam pelo meu jeito de abordar pessoas, fatos, situações e coisas? Aprendi que a pena tem o poder maior do que a espada. Posto que, enquanto uma vírgula, que pode mudar literalmente o sentido de um texto e durar para sempre, a espada feita em forja com aço inquebrável, um dia voltará ao seu natural status quo.
Apesar de assinar meus textos, sem pseudônimo e dar endereço eletrônico, eu gostaria, como noutros tempos, de ser mais perquirido devido a isso ou aquilo que expressei. Não vejo comodismo na “meia dúzia” que me lê, mas me agrada muito receber até discordâncias. Assim aprendo mais, pois estou aqui para alavancar e formar opiniões. Todo articulista e cronista recebe o seu “salário” nessas horas.
Dia desses falei sério com o nosso governador Romeu Zema, como, aliás, nunca brinquei nesta página. Se ele reimplantar o regime das escolas em tempo integral, far-lhe-ei o artig Parabéns, Governador!
Se ainda estamos numa democracia, em que o tema liberdade de expressão balança, mas não cai, cada um a seu modo deve expor suas ideias de forma coerente sem sectarismo. Causa-me tristeza quando, depois de não estar com um amigo por seguidos anos, revejo-o defendendo as mesmas posições radicais de então, principalmente políticas ou filosóficas. Sinal de involução e desse mal não quero morrer.
E, finalizando, acrescento que mudar o estilo literário para agradar a alguém, que não seja a si mesmo, é o mesmo que desagradar a todos. Não conheço ninguém que tentou essa aventura e logrou êxito.
Eu é que não vou tentar. Prossigamos.