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Falando de Relacionamento conjugal

Tudo muda. Tudo pode sofrer transformações, inclusive as instituições. Entre estas, a instituição mais antiga

Sandra de Sousa Batista Abud
Publicado em 06/02/2019 às 19:10Atualizado em 17/12/2022 às 18:00
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Tudo muda. Tudo pode sofrer transformações, inclusive as instituições. Entre estas, a instituição mais antiga da história da sociedade – o casamento – e também a que mais se transformou nas últimas décadas. 

Como é encarado o casamento? Como fonte de satisfação e felicidade? Como o conhecido “até que a morte os separe?” OU como “bom enquanto durou?”

Pessoas buscam encontrar um amor que supere o maior dos desafios, o tempo, mas poucos conseguem.

Qual seria o comportamento para um casal continuar junto e feliz, apesar das mudanças de cada um? Como suportar as mudanças de temperamento dela? E as teimosias dele? E as inúmeras divergências de toda uma vida a dois?

Cada caso é um caso, cada casal é um casal.

Cada dupla deve construir o vínculo que vai uni-lo, com disposição e coragem, tolerância, sinceridade, diálogo, afeto e bom humor.

Mais do que lidar com as diferenças e divergências, urge lidar com a transformação pela qual cada um passa o tempo todo, e durante toda a vida. O marido não será sempre o homem por quem ela se apaixonou e ela vai se revelando e se transformando sempre. Torna-se necessário apaixonar-se todos os dias por um novo homem e por uma nova mulher.

O outro, o companheiro... a outra, a companheira... não são a alma gêmea; ao contrário, são muito diferentes. E quanto mais consciente das divergências somos mais tolerantes nos tornamos diante de conflitos que resultam das diferenças de cada um.

Aceitar as divergências deixa o relacionamento mais leve.

O amor é capaz de sobreviver ao outro lado da vida a dois, à rotina, à dor, à doença, às instabilidades aos vários tipos de dificuldades, onde os dois estão em contínua mudança e, para que continuem juntos, devem aceitar a beleza desse processo.

Idealizar o par amoroso, imaginar que no casamento se alcançará uma total complementação, que as duas pessoas se transformarão em uma só, esperando ter todas as necessidades pessoais satisfeitas pelo outro, pode precipitar o fim do relacionamento.

É necessário compreender que o outro não pode nos dar aquilo que temos que conquistar por nós mesmos.

Casamento é construído com doação, generosidade e diálogo, sem o qual nenhuma relação sobrevive. Dialogar, além de discutir a relação, é tratar de fatos cotidianos, da família, do trabalho, da vida e suas implicações.

Todo casal deve ter projetos comuns, crenças e ideais compartilhados, o que implica a adaptações, sacrifícios sem anulação da personalidade de cada um.

Generosidade e doação não significam anulação da personalidade.

Todo casal deve ter projetos comuns, crenças e ideais compartilhados, o que implica adaptações, compromissos, sacrifícios sem anulação da personalidade de cada um.

O casamento conserva sua força e modernidade e hoje essa instituição é genuinamente um pacto e um compromisso entre iguais e onde os parceiros estão de comum acordo, podem oferecer mais satisfação, saúde e paixão. 

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