ARTICULISTAS

Se correr o bicho pega... se ficar o bicho come

Esta frase não é nova, é dos tempos antigos com seus difíceis problemas. Leio jornais

João Gilberto Rodrigues da Cunha
Publicado em 11/03/2015 às 20:05Atualizado em 17/12/2022 às 01:04
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Esta frase não é nova, é dos tempos antigos com seus difíceis problemas. Leio jornais, assisto à televisão, escuto gentes de todas as idades e rumos na vida. Não tenho partido nem convicção política. Se for para classificar meu pensamento, diria que decepção seria a sua classificação. Minha juventude já passou, e com ela todos os sonhos da política. Já acompanhei partidos e candidatos de variadas espécies, alguma vez ganhei, mais vezes perdi. Apenas devo declarar que nos tempos mais jovens havia com clareza e honestidade os programas, objetivos e ideias dos candidatos. Quem estava com Getúlio era getulista, quem estava com o Brigadeiro... da mesma forma e convicção. O tempo veio passando, a febre da juventude e democracia foi crescendo com a liberdade da política eleitoral. Sem brincadeira, com a maior seriedade, eu estava estudando minha medicina e morava ao lado do Palácio do Catete, eu estava em casa quando a bomba explodiu: Getúlio Vargas se suicidou... Bem, por aí começaram as aventuras e as eleições que não existiam. Os partidos fortes – UDN e PSD brigaram democraticamente... porém, logo os que queriam e não tinham ou podiam entraram na cena. A pulverização de nomes e programas acontecia em todo lugar, e aí chegamos a esta salada de frutas, onde todos se revezam em ambições que estão aumentando. O resultado, a meu ver e sentimento, é ruim. Os políticos do nosso mercado não se preocupam com consequências, apenas querem a vitória e, por vezes, com jogadores de mau-caráter. Vejo apenas como exemplar: vocês se lembram da Petrobras, criada como estrela e futuro do Brasil no mundo moderno? Uma beleza como sonho e ideia... um desastre como pulos políticos que a conduziram. Já tem gente que era daquele PT idealista e agora está decepcionada e abandonando o barco. Pessoalmente eu não sei mais quantos partidos e partidetos nós temos. Sei e sinto que muitos deles têm um único ideal: uma participação e lucro no bolo da festa. Querem saber quais e como? Peguem as quatro eleições últimas, escolham um candidato voador, por onde passou e o que fez – e verão este Brasil que vão viver – e talvez entender o título desta crônica.

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