No meu tempo de juventude e colégio esta expressão era reservada para as confusões geradoras de briga e pauleira entre os jogadores. Quando o desentendimento era mais grave, o próprio juiz entrava no jogo, tentando apartar os contendores – uma briga que às vezes piorava, sobrava soco e cacetada para todo mundo... o juiz inclusive. Bem, meus leitores entenderã meu significado é que no abdome existem vários e variados órgãos “misturados” para serem esclarecidos. Já tive um paciente que tinha pedra na vesícula, pedra no rim e úlcera duodenal – tudo verificado na mesma cirurgia de barriga aberta. Entretanto, não é destas realidades médicas que usei o popular “é só pena que voa”. A minha colocação de misturar juiz, bandeirinha... e até públicos adversários... era dedicada aos atuais tempos da nossa política. Passado, eu confesso que não entendo e não sei mais nada.
Aquela moça (?) feia, Graça Foster (?), eu supunha ser o templo e exemplo de um governo super honesto. Na hora do aperto levantaram o pano do circo e apareceu um sururu que ninguém entende. Uma coisa ficou certa e definida: o governo de Dilma não era aquela mansão-mosteiro de cristandade e honestidade do PT. O futebol político saiu do Maracanã e estão jogando no estádio do nosso campo do Independente. Não jogam aquelas serpentinas de Carnaval, jogam é bucha de laranja murcha, algumas até bichadas. Junte-se à confusão a falta de água, de luz elétrica, dos dinheiros da Petrobras e do oceano, e se fosse possível alguma grana das abundantes corrupções etc. e tal.
Estou vivo há tempo demais, mas não me lembro de período tão confuso, sem rumo e sem destino. Quem ontem tinha nota dez hoje sai vigiado na rua... e no Brasil. Passar períodos de aperto e dificuldades faz parte da vida humana. Tudo me parece possível nesta longa vida – desde que apareça alguma claridade na aurora do que há de vir, e esperamos. Como diz o ceguinho da minha igreja: se Deus quiser!
