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Viva a Democracia

Karim Abud Mauad
Publicado em 24/09/2018 às 08:06Atualizado em 17/12/2022 às 13:49
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Estamos nos aproximando das eleições no primeiro turno. Em menos de 15 (quinze) dias (07/10/2018), saberemos de fato o tamanho da nossa responsabilidade individual e coletiva com o país e o Estado. Vivemos, desde a última eleição para Presidente e Governador, em 2014, momentos importantes, controversos e que vêm impactando em nossas vidas diariamente, de forma sinistra e cruel, pois são perceptíveis as dificuldades pelas quais as pessoas andam passando.

Uma reflexão interessante é que, independente do meio usado para acesso às informações, fica cada dia mais claro que todos têm acesso a tudo e, o principal, sabem de tudo que vem ocorrendo nos últimos anos na nossa história política, econômica e social. A conclusão é obvia, mesmo que pareça controversa; é que nenhum brasileiro chegará às urnas sem saber que deve votar e escolher seus representantes. Não percebo nem a desculpa de rincões e grotões. Onde, antes, a notícia não chegava agora chega e, independente da vontade ou escolha pessoal ou coletiva, cada um de nós chegará às urnas sabedor de sua responsabilidade cidadã, de seus direitos e deveres. Quem não chegar lá, ou lá chegando “brincar de votar ou anular/branco o seu voto”, saberá, com certeza, que traçou seu destino – no nosso caso, de Minas e do Brasil. O resultado, qualquer que seja ele, representará a vontade individual do coletivo. Os eleitos estarão em BH ou em Brasília, pelo voto do povo!

É sabido por todos nós sobre as fragilidades de nossa Educação Básica, Média ou Superior, pública e ou privada, com nossas raríssimas ilhas do saber, mas um extrato do que aqui escrevo fica nítido para mim ao assistir um debate com candidatos aos cargos proporcionais, num tradicional colégio da cidade. O quadro é difícil, mas esclarecedor; todos os presentes sabiam o que queriam perguntar, responder, ouvir e falar; o quadro nacional que acompanhamos diariamente nos debates e notícias pela televisão, no que lemos nos jornais, ouvimos nos rádios e acompanhamos nas mídias sociais estava ali posto e bem delineado. Aliás, isso não nos causa espanto, pois “Uberaba está em todas” e não seria diferente, agora, o raciocínio colocado no debate. Essa percepção, também, encontramos nos locais periféricos. A conclusão é clara, temos que melhorar a formação e a educação como um todo.

Creio que nestes dias que antecedem o pleito, os que se dizem indecisos ou com vontade de não votar, anular o voto ou votar em branco carregam uma certeza e um descompromisso, mas têm tempo de rever ou realinhar sua postura. Esta alta abstenção demonstrada nas pesquisas eleitorais, a despeito do grau de confiabilidade, caracterizam certo jeitinho brasileiro de opinar sem se expor. Cuidado! Sua atitude e postura decidirão nosso futuro. Só não caberão, depois, expressões do tipo “eu já sabia” ou “não sei em quem votei” e, a qualquer contrariedade ou catástrofe, vir para as mídias reclamar da situação ou fazer papel de vítima. A postura é límpida, todos sabemos o que devemos fazer no próximo 7 de outubro, concidentemente 1 (um) mês após a data da Proclamação da Independência. Então, façamos com responsabilidade nossa parte, que é votar com dignidade.

Este momento ímpar em nossa curta história de Nação de poucos séculos deveríamos todos saber aproveitar, qualquer que seja sua raça, credo, sexo, idade, maioria, minoria; o momento de agirmos enquanto Povo soberano consciente dos seus deveres lutando por seus direitos. Vamos refletir todos, ainda temos tempo.

Finalizo lembrando que o grande problema das pesquisas quantitativas ou qualitativas, registradas ou não, não são os percentuais, mas as interpretações que são dadas a elas de quem as divulga e comenta. Vote consciente. Viva a Democracia.

Karim Abud Mauad

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