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Agosto

Karim Abud Mauad
Publicado em 30/07/2018 às 08:48Atualizado em 17/12/2022 às 12:00
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Estava pensando, nestes dias, como a vida é engraçada e dá voltas; nada como o correr da vida no seu dia a dia. Senão vejamos: em meados de 2017, o brasileiro Neymar chegava ao time francês do Paris Saint Germain (PSG), com a fama de futuro melhor jogador de futebol do mundo, marrento, só falando com outros brasileiros, gerando problemas com o uruguaio Cavani e o jovem francês, filho de imigrantes, Mbappé, criando caso em tudo, principalmente em cobranças de pênaltis. No meio da temporada, ele se machuca; seu time ganha o que tem de ganhar, perde o que queria ganhar, razão de sua contratação milionária. O tempo passa, os três (3) jogadores se preparam para defender suas seleções na Copa do Mundo de futebol, e o que acontece? O jovem francês é Campeão; Cavani encanta a todos, saindo machucado e fazendo falta à sua seleção, e o nosso Neymar, todos já sabem, é motivo de piada mundo afora. Fico imaginando como será o vestiário do PSG nesta temporada! Torço para que o jogador brasileiro tire lições desses episódios e que eles sirvam de exemplo e ensinamento para todos. Nosso jogador tem quatro (4) anos para repensar suas posturas.

No mundo corporativo, no meio da família, no ambiente político, no dia a dia, nós nos deparamos com esse tipo de situação, a todo momento. Encontramos pessoas que menosprezam as outras, chefes que humilham seus subordinados, assessores que detonam os adversários de seu político de estimação, parentes que fazem intrigas uns com os outros e por aí vai.

De uma hora para a outra, as situações mudam; o subordinado vira chefe, o antigo aliado vira adversário e o outrora adversário vira aliado. As histórias de família clareiam e os intrigantes se desnudam, e o grave é que o dano está posto, a maldade está feita e ficamos sem saber como reparar ou remediar essas situações. Nesse ponto do meu pensamento, acabei me dando conta de como o ser humano é cruel e insensato e o tanto que não mede as consequências de seus atos. Maldade, inveja, ciúme, deveriam sair do nosso dicionário para dar lugar ao bem, ao mérito e à discussão de ideias, e não de pessoas. Afinal, o mundo dá voltas. Nada como um dia após o outro. Cuidado para não distribuir infelicidade!

Neste devaneio, percebi que Agosto chegou e com ele a hora das definições dos partidos e dos políticos, visando o pleito de outubro/2018 e com ele a hora da verdade chegará; as velas acesas ao santo e ao demo ficarão apagadas e cada um terá que dizer a que veio e a qual senhor servirá. Agosto é um mês emblemático na história política brasileira, marcado por suicídio, renúncia, impeachment. Ainda na primeira quinzena, teremos as definições dos quadros partidários nos estados e no país e, no início da segunda metade, o começo das campanhas. Agosto, como sempre, promete.

Vamos saber como ficarão os times e os jogadores e quem sairá do jogo com o estilo e a postura de Neymar, Cavani ou Mbappé. Agosto promete; setembro e outubro, também. Os jogadores de futebol terão tempo para se reinventarem; Minas Gerais e o Brasil, não! Quatro anos de fato poderão ser uma eternidade. Um bom Agosto a todos!

Karim Abud Mauad

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