ESPORTE

Volta do Botafogo é marcada por protestos: "Protocolo bom é o que respeita vidas"

Agência Estado
Publicado em 28/06/2020 às 20:43Atualizado em 18/12/2022 às 07:26
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Foto/Reprodução

A equipe entrou em campo com uma faixa com a frase "Protocolo bom é o que respeita vidas" e Paulo Autuori assistiu o jogo dentro das cabines do Engenhão

O retorno do Botafogo aos gramados não ficou marcado apenas pelo placar elástico de 6 a 2 sobre a Cabofriense, no Engenhão, mas também pelos protestos do time alvinegro, que é contra a retomada das partidas neste momento em que a pandemia ainda não está controlada no Rio de Janeiro e no País.

A equipe entrou em campo com uma faixa com a frase "protocolo bom é o que respeita vidas". Além disso, o técnico Paulo Autuori preferiu não participar do jogo, em sinal de protesto, e acompanhou a partida das cabines, deixando o auxiliar Renê Weber no gramado. O treinador havia sido suspenso pelo TJD do Rio de Janeiro por 15 dias após criticar a Ferj em uma entrevista, mas obteve liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para dirigir o time. Mesmo assim, preferiu ficar de fora.

"O Botafogo retorna triste, foram mil mortos ontem. A gente só ouve falar de futebol no Rio de Janeiro, todo mundo preocupado com a doença, nosso técnico sob protesto, não aceitando essa situação, jogadores preocupados... Vamos entrar em campo achando tudo muito esquisito, não é o futebol que estamos acostumados a assistir e acompanhar, é uma outra coisa", desabafou Carlos Augusto Montenegro, ex-presidente e atual membro do comitê gestor do clube, em entrevista ao Sportv antes da partida.

O movimento "Vidas Negras Importam" também foi lembrado. Após o início do jogo, na primeira falta que o Botafogo teve para cobrar no campo de defesa, os jogadores se ajoelharam repetindo o gesto que vem sendo feito por personalidades do esporte em todo o mundo.

A atitude, no entanto, não foi combinada ou faz parte do protocolo como se tem visto em outros países. Prova disso é que os jogadores da Cabofriense e o árbitro foram pegos de surpresa e apenas um atleta adversário aderiu ao movimento, que durou poucos segundos.

FICHA TÉCNICA:

BOTAFOGO 6 X 2 CABOFRIENSE

BOTAFOGO - Diego Cavalieri; Marcelo Benevenuto, Ruan Renato, Cícero (Luiz Otávio) e Danilo Barcelos; Alex Santana (Caio Alexandre), Honda e Bruno Nazário (Lecaros); Luiz Fernando (Fernando), Luis Henrique e Pedro Raul. Técnic Renê Weber (auxiliar).

CABOFRIENSE - George; Watson, Lucas Cunha, Fábio Amaral e Luan (Uelliton); Victor Feitosa, Gama (João Pereira) e Kaká Mendes; Diego Sales (Fabiano), Emerson Carioca e Pedrinho Menezes (Natan). Técnic Luciano Quadros.

GOLS - Pedro Raul, aos três, e Cícero, aos oito minutos do primeiro tempo. Emerson Carioca, aos quatro, Pedro Raul, aos oito, Diego Sales, aos 15, Bruno Nazário, aos 29, Luis Henrique, aos 34, e Caio Alexandre, aos 44 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Luiz Claudio Regazone

CARTÕES AMARELOS - Cícero (Botafogo)

LOCAL - Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ).

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