ARTICULISTAS

Amigos, família... escolhas à parte!

Ter apenas um ano para escolher todo o seu futuro, com certeza é uma das piores decisões

Júlia Castello Goulart
Publicado em 07/05/2015 às 20:32Atualizado em 17/12/2022 às 00:16
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Ter apenas um ano para escolher todo o seu futuro, com certeza é uma das piores decisões na vida de uma pessoa. Todos nós já passamos, estão passando, ou irão passar por isso. Não é só na biologia que as espécies precisam competir para sua sobrevivência. Os mais fortes sobrevivem, se adaptam, enquanto os mais fracos morrem.

No vestibular é mais ou menos assim que pensamos, quando somos pressionados. Precisamos ser os melhores. Precisamos nos adaptar a um novo ritmo, estudar no mínimo quatro horas por dia, ser disciplinados para vencer tantos, tantos concorrentes que estão brigando por uma única vaga.

Para aqueles adultos que pensam que sua entrada na faculdade foi difícil, eles não imaginam como é para a nossa geração, que temos que brigar com um número ainda maior de estudantes no mundo, porque, afinal, já somos sete bilhões de pessoas!

Mas antes de toda a pressão, do medo de ser derrotado, temos que descobrir o que queremos fazer. Para aqueles que sabem desde pequeno o que querem ser, não se sentem tão perdidos quanto àqueles que não sabem dizer se gostam disso ou daquilo.

  Escolher entre milhares de profissões é difícil e muitas vezes frustrante. E muitos ainda têm que passar por aquela ideia que mais cedo ou mais tarde vem nos assombrar: fazemos o que realmente gostamos ou aquilo que nos dá dinheiro? Somos jovens, e apesar do que os adultos acham, já entendemos do mundo financeiro, da dificuldade que é ter uma boa qualidade de vida, hoje no Brasil. Mas, e afinal, o que devemos escolher?

  Ainda temos o pensamento fechado em torno do círculo das três profissões: Medicina, Direito e Engenharia. Não é à toa que quando pessoa lhe pergunta o que vai fazer, antes de responder já diz: Medicina? Direito? Engenharia? E o melhor é quando você vira e responde: Não. Quero fazer Filosofia, História, Artes Cênicas, Letras, Cinema, Jornalismo, Publicidade, Psicologia. Em qualquer um destes meus exemplos, entre tantos, a maior parte das pessoas que os escuta parece decepcionada, como pais que não aceitam a escolha do filho.

   Mas gostaria de saber quem foi que criou a regra que não dá para ser bem sucedido com aquilo que amamos fazer? Quer coisa melhor do que chegar todo dia ao seu trabalho, mesmo com tantos problemas que há em qualquer profissão, e ter orgulho de ser o que você é profissionalmente?

   Nós, os jovens de hoje, seremos profissionais do amanhã, e cada um exercerá um papel importante na sociedade. Independente da sua profissão, todas são fundamentais para que haja uma coesão social. Assim, na hora da dúvida, decida pelo que você ama, por aquilo que lhe fará bem, pois o dinheiro, com certeza, virá para aqueles que forem os melhores na sua área. Temos só a vida de agora para tentarmos ser tudo o que queremos. Tente, se arrependa, recomece, tente outra vez. Mesmo que pareça impossível de conseguir, o importante é não se entregar tão fácil à derrota.

(*) Estudante

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