Imagine morar em terreno localizado aos fundos de uma boate, perto de bar que toca música ao vivo e pouco mais de meio km de um posto
Imagine morar em um terreno localizado aos fundos de uma boate, a cem metros de um bar que toca músicas ao vivo e a pouco mais de meio quilometro de um posto de combustíveis – aberto 24 horas. À primeira vista há quem diga que pode até ser uma boa, devido à variedade de opções de diversão e também pelo fato de ter sempre uma loja de conveniência à disposição. Porém, para um perito de 36 anos e sua família, residentes à rua Piauí, essa situação vem sendo considerada um verdadeiro pesadelo.
De acordo com o leitor, que preferiu não se identificar, a situação precisa ser observada como um todo e não apenas por partes. Para ele, o fato de a GM e o Departamento de Posturas se deslocarem até o local, não é o suficiente. “Resolve na hora. Mas eles viram as costas e o problema de som alto continua. Por isso, a gente prefere resolver direto com quem organiza as festas”, explica, lembrando que a forma como a Patrulha do Silêncio trabalha, acaba sendo muito invasiva, já que para comprovar que o som do evento está de fato acima do permitido, a aferição precisa ser feita no interior da residência de quem requisitou a visita. “Estou lá dormindo com a minha esposa e uma criança e preciso trazer todo mundo para dentro da minha casa. Dessa forma, vamos perder a noite de qualquer jeito. Se houvesse a certeza de que o problema seria resolvido, até valeria o sacrifício, mas não temos essa certeza”, completa.
O comandante da Guarda Municipal explica que o fato de a perturbação do sossego ser uma ação condicionada, ela depende de uma representação por parte da vítima. Por isso, ele defende a maneira como o trabalho tem sido feito. “Se nos depararmos com um veículo com o som acima do permitido, logicamente vamos abordá-lo e, se necessário, aplicaremos a multa. Mas não queremos punir a pessoa errada. Por isso, temos feito o trabalho da forma mais transparente possível e, às vezes, essas medidas são necessárias”, defende.
Além dos problemas com o som da casa noturna, os carros com som ligado no volume máximo, motociclistas com os famosos “tiros” pelo escapamento também são comuns na região.