Enquanto milhões perdem seus empregos, lojas e fábricas fecham, convênios perdem clientes, os governantes exercem a arte da manha e artimanha. Negociatas mil em nome do poder, que podre poder é este?
Exigem avaliação de estudantes de Medicina, mas permitem que os supostos escravos médicos cubanos atendam a população carente. Os chefões do poder nunca se consultarão com eles, nunca mesmo. Que país é este, já perguntava o poeta.
Não existe vacina antigripal suficiente para imunizar toda a população, alguém escolheu quem pode e quem não pode se contaminar. Mas existe dinheiro para receber tocha da olimpíada. Carros de polícias que eu nem sabia que existiam apareceram na festa da tocha. Eu queria ser a tocha pra ser tão bem vigiada e protegida. Deu uma inveja danada dela, eu confesso.
Manhas e artimanhas não existem na hora de descontar imposto de renda na fonte, na hora de pagar impostos sobre todos os produtos e bens que consumimos ou na hora de pagarmos IPTU, IPVA entre outros. Mas essas artes existem na hora de distribuir dinheiro público entre partidos políticos, e a conta sempre sobra pra gente pagar. E o povo, comprado com falsas benesses, aplaude e recebe mais pão e circo.
Plagiando um canal de televisã A conta chegou e é em dólar, adivinha quem vai pagar? Quem tem dinheiro na Suíça? Quem recebe dinheiro de fundos partidários?
Não!
Quem vai pagar é quem se endividou com parcelas de carros, casas, eletrodomésticos, acreditando que o país estava às mil maravilhas.
Parece um conto de cordel, mas é um conto de bruxas e bruxos cruéis e interesseiros.
(*) Médica oftalmologista