SAÚDE

Pesquisa mostra que 433 brasileiros são contaminados por dia pela sífilis

A doença é silenciosa e, normalmente, apresenta-se em três fases: primária, secundária e terciária

Publicado em 07/12/2019 às 09:16Atualizado em 18/12/2022 às 02:34
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O infectologista Frederico Zago diz que, quando a sífilis é detectada, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível

Dados do Boletim Epidemiológico de Sífilis, divulgados pelo Ministério da Saúde, apontam o maior registro de pessoas contaminadas pela doença no Brasil, desde 2010. Só no ano passado foram registrados mais de 158 mil casos do tipo adquirido por meio de relações sexuais, ou seja, uma média de 433 pessoas contaminadas por dia.

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pela bactéria Treponema pallidum e, se não tratada adequadamente, pode evoluir para formas mais graves. “Pode comprometer o sistema nervoso, o aparelho cardiovascular, o aparelho respiratório e o aparelho gastrointestinal”, alerta o infectologista, especialista em Alergia e Imunologia, Frederico Zago.

A doença é classificada em dois tipos: sífilis adquirida por relações sexuais e sífilis congênita, quando é transmitida da mãe para bebê durante a gestação ou o parto.

A doença é silenciosa e, normalmente, apresenta-se em três fases: primária, secundária e terciária.

“A sífilis se manifesta com sinais e sintomas variáveis. Podem ocorrer manchas no corpo, principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés. Essas manchas, geralmente, não coçam. O paciente pode ter outros sintomas, como febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo”, explica Zago.

O teste rápido (TR) de sífilis está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. Caso o resultado seja positivo, uma amostra de sangue é coletada e encaminhada para a realização de um teste laboratorial para uma segunda confirmação do diagnóstico.

Quando a sífilis é detectada, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível e o parceiro sexual também deve ser testado para evitar a reinfecção. Se gestantes forem acometidas pela doença, os bebês devem ser submetidos ao exame logo no nascimento.

“Os jovens continuam se destacando na estatística já que a maior parte das infecções ocorre na faixa etária de 20 a 29 anos de idade. As únicas formas de prevenção da sífilis e de outras doenças é a abstinência sexual ou o uso correto e regular da camisinha feminina ou masculina”, finaliza Zago.

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