ARTICULISTAS

Aristocracia operária

A modernidade e o início deste milênio nos trazem como vedete

Juarez Alvarenga
Publicado em 05/08/2012 às 13:42Atualizado em 19/12/2022 às 18:07
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A modernidade e o início deste milênio nos trazem como vedete o novo perfil vencedor da aristocracia operária. Submetido ao estágio inferior e ao anonimato no século passado surgem com todo resplendor para deslanchar como classe nuclear destes novos tempos.

Passou pelo estágio inicial frágil e encontra em posição estratégica para atingir o pico nas próximas décadas.

Sabemos que a existência dos seres humanos e das classes não há queima de etapas. A evolução segue uma hierarquização. Sobe degrau por degrau. A aristocracia operária, popularmente conhecida como classe “C”, está condenada ao êxito excessivo. Sua evolução será acelerada e condizente com seu potencial. Desprotegida de patrimônio e privilegiada de talentos, depende apenas de tempo e trabalho para estigmatizar este início de milênio com sua marca.

No Brasil, empiricamente com 30% de pessoas constituindo a aristocracia operária ampliará o consumo e num ciclo virtuoso ampliará a produção.

Cabe ao governo dar liberdade econômica para que o potencial da aristocracia operária possa desabrochar na sua plenitude.

Com a simbiose de ambição, sonhos, trabalho e oportunidades esta nova classe emergente transformará o Brasil em nação-potência.

Teremos de ter alguns cuidados necessários para que os desvios de rotas não aconteçam.

A construção brasileira se delineia da seguinte forma: 20% estão no ápice da pirâmide, 30% na fase intermediária, 30% são os emergentes aristocratas operários e 20% na base da pirâmide.

Com este quadro constatamos que o mercado funciona para 80% da população restando preocupação apenas 20% da base. Estes 20% exigem uma política assistencialista governamental com uma política de crescimento. Exigem investimento privado e para isto é necessário poupança privada. Para ter poupança privada é necessário lucro. E para ter lucro é necessário criar um capitalismo explícito. Fazendo uma analogia, o extremo da ponta endinheirada tem que subir de Nasa para que a base do outro extremo suba de escada. É como um carro atolado na estrada. O carro da frente para tirar o carro atolado tem que ter o motor potente. Este motor é o capitalismo explícito.

Com a evolução da aristocracia operária, o quadro das classes no Brasil sofrerá uma dinâmica consistente e revolucionária. O patamar da base irá subir significativamente nos dando a sensação de que o brasileiro pobre se libertará da miséria. Isto está para acontecer se não houver desvios de rotas ou crises políticas.

O sonho assessorado pelo trabalho é uma realidade em formação. E é isto que está acontecendo com aristocracia operária.

Trabalhar a realidade dentro das divergências é o receituário perfeito perto das imperfeições humanas.

Submeter aos fatos e colocar os sonhos dentro da realidade possível é construir uma obra que justifique a grandeza do criador.

A aristocracia operária subindo de elevador e aceitando o ápice da pirâmide subindo de Nasa  mesmo sabendo que quanto mais aumenta a velocidade e mais atingir as alturas seus tripulantes não ver paisagem dos encantos da vida, pois a janela da Nasa está tampada e esta mesma Nasa puxa a base da pirâmide do outro extremo a subir de escada é a dinâmica dos sonhos dentro de uma realidade possível. 

(*) Advogado e escritor

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