ARTICULISTAS

O Estado e o indivíduo

No desenrolar da história humana tivemos várias modalidades de estados

Juarez Alvarenga
Publicado em 20/07/2012 às 20:11Atualizado em 19/12/2022 às 18:27
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No desenrolar da história humana tivemos várias modalidades de estados. Todos empiricamente adotados pelo sistema político, porém, avaliados.

Nos primórdios da civilização, o modismo era o estado absolutista. Vindo de teorias teológicas, o poder era uma dádiva divina dada a uma personalidade terrena.

Concentrado unilateralmente e muitas vezes o nascimento não vinha acompanhado do talento necessário e o sistema falhava.

Veio o Iluminismo no século XVII e o racionalismo lança novas luzes na sociedade moderna, que lentamente começa a transformar a sua maneira de pensar. Surgem novas espécies de estados.

Bem depois, na década de 30, com a crise profunda que passa o mundo, surge a maior cabeça econômica do século XX, que foi o gênio KELSEN. Cria o estado intervencionista, que para o contexto histórico da época, funcionou excepcionalmente. Para mim temos que instrumentalizar o indivíduo e não o estado. Mas em economia as receitas dependem do contexto histórico.

O receituário Kelseiano dentro do meu olhar só é aceitável para ocasiões de profundíssimas crises econômicas.

E, finalmente, no caso brasileiro de normalidade econômica, o sistema de melhor funcionalidade é o estado mínimo. Onde os indivíduos, na sua singularidade, tenham espaço para desenvolver suas potencialidades. Não existam barreiras estatais impeditivas das desenvolturas dos talentos individuais. Cabendo ao estado atuar substancialmente em duas áreas estratégicas do mundo contemporâneo, que são a educação e a terra. Existe uma demanda retida de potencial humano brasileiro sem patrimônio esperando a chance de deslanchar socialmente com estas duas alavancas que o governo pode fornecer. Para isto, basta aumentar a porcentagem do PIB para educação e subsidiar a agricultura.

E o restante de dinâmica da economia com fluxo de capital privado para investimento com ambição dos ricos e a preparação dos pobres, poderemos chegar a um Brasil de primeiro mundo. Basta destravar os obstáculos que cerceiam o caminho que leva à produção e ao progresso.

Uma sociedade construída de metade sacrifício e metade sonho está condenada a ser uma nação vencedora, pois o sonho assessorado pelo trabalho é o combustível necessário para mover esta locomotiva do novo Brasil do século XXI. Para isto temos que ter menos estado burocrático e mais indivíduos instrumentalizados.

(*) Advogado e escritor

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