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Advogado criminal? Sim, senhor!!!

Caro amigo leitor, estive meio ausente, estava meio amuado com algumas coisas que vêm acontecendo.

Leuces Teixeira
Publicado em 06/03/2019 às 22:46Atualizado em 17/12/2022 às 18:48
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Caro amigo leitor, estive meio ausente, estava meio amuado com algumas coisas que vêm acontecendo. Confesso que sou polêmico, digo e escrevo o que penso sem nenhum constrangimento. Todavia a idade vai chegando, chegando, os restos dos cabelos vão branqueando, as pernas não obedecem como antigamente, até mesmo a memória vai tendo alguns espasmos.   Enfim, não tem escapatória, o caminho para o fim é certo como a luz do dia; estou lendo um livro de autoria de uma médica da USP, Ana Claudia Quintana Arantes, intitulad A morte é um dia que vale a pena viver, editora Casa da Palavra. Pois bem, a ilustre autora relata o dia a dia das pessoas rumo ao leito da morte e, em resumo, finaliza que a vida tem que ser vivida com muito amor e responsabilidade, não esquecendo que somos donos do livre-arbítrio.   Pois bem, daí uma observação simplista do ocorrido no trote dos alunos do curso de Medicina vociferando contra os estudantes de Direito e, de tabela, aos advogados. Não vou aqui mencionar as palavras e os ditos proferidos pelos ilustres médicos do futuro.   O leitor sabe, e aqueles que não sabem vão ficar sabend venho de uma família composta de três irmãs médicas, dois irmãos, um tio, dois cunhados, três sobrinhas, mais três sobrinhos de tabela. Na advocacia tão somente este que vos escreve, mais ainda, militando na área criminal.   Pois bem, lá no início, quando estava no banco da faculdade, vez ou outra indagavam: vai ser juiz? Promotor? Delegado? Procurador? Árbitro? Bandeirinha? Enfim, ninguém indagava se iria advogar ou não, repit ninguém! Ficava “p” da vida, pois já sentia na veia, no fundo do coração e da alma, o amor e a paixão pela advocacia criminal, principalmente a do Tribunal do Júri, minha eterna namorada. Permita, meu SANTO DEUS, morrer juntinho dela, com a beca surrada, a voz que não pode calar nunca, a irresignação sentida e vibrada em favor da liberdade, em favor do Direito e da Justiça.   Daí, confesso e não posso ficar calado com relação ao episódio dos estudantes quando do trote. Alguns dizem que está tudo superado, até concordo; outros alegam que foi coisa de criança, aí não posso concordar! Coisa de criança? De quem não sabia o que estava fazendo? Todos, sem exceção, sabiam da gravidade dos atos perpetrados e de suas consequências.   Ouso dizer, sem titubear, todos maiores de dezoito anos, aptos a responderem pelos seus atos, inclusive na esfera criminal; mais ainda, aptos ao direito do voto e, em alguns casos, podendo ser votados.   Particularmente, dou o caso por encerrado, falo por mim.   Agora, quero consignar o seguinte: todas as profissões aqui nominadas, inclusive a de médicos, quando depara com um quadro criminal, cível, família, etc., ninguém vai procurar o urologista que massageia sua próstata pela via anal, ou o ginecologista que examina sei lá o quê! Entendeu? Não! Leia novamente, bem pausadamente. Entendeu agora!? Parabéns!  

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