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É muito descaso!

Caro amigo leitor, aqui estou novamente, sou insistente, continuo respirando, não tem sido nada fácil

Leuces Teixeira
Publicado em 12/12/2018 às 20:10Atualizado em 17/12/2022 às 16:25
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Caro amigo leitor, aqui estou novamente, sou insistente, continuo respirando, não tem sido nada fácil. Ainda estou conseguindo tomar banho sozinho, dirigir, lecionar e advogar, ou seja, sem ajuda de cuidadores, muleta, bengala e outros equipamentos. 

Vou direto ao tema proposto. No dia de ontem (12/12 – quarta-feira) estava tudo programado para participar, como advogado, de uma sessão do Tribunal do Júri, na amiga cidade vizinha de Araxá. Pois bem, estava acompanhado da Dra. Juliana Castejon. Como de costume, pedi para minha colega advogada para ligar na comarca para saber se estava tudo bem, ou seja, se o julgamento iria ocorrer – tal fato deu-se na terça-feira, 11/12. Obtivemos como resposta que estava tudo certo, nada de anormal, via de consequência, o julgamento iria ocorrer normalmente.

Pois bem, cheguei na terça de noite em Araxá, vindo de Belo Horizonte, onde participei de um outro julgamento – sustentação oral. Já no hotel recebi um telefonema de uma testemunha, repit uma testemunha, seu pai ouviu numa emissora de rádio local, naquele dia, que no outro dia – ontem – não realizaria o julgamento. Vou repetir: uma testemunha do caso me ligou, na terça-feira, no período da noite, dizendo que não teria o julgamento, pois seu pai ouviu no rádio. Disse para testemunha ir normalmente para o fórum local, pois o julgamento seria realizado – que tal fato era fake news, boataria do dia a dia nas redes sociais.

Referida testemunha ainda insistiu: “O senhor doutor checou lá no fórum o que meu pai ouviu no rádio?”. Disse que sim, minha colega Dra. Juliana ligou na secretaria criminal e obteve resposta positiva!

No dia de ontem, chegamos à sessão de julgamento, por volta de 7h30, trinta minutos antes do início, e logo em seguida, por volta de 8h10, obtivemos a informação da não-realização do julgamento. Indaguei qual o motivo, poderia ser uma questão de urgência/emergência, coisas de última hora, fatalidades, sei lá o quê! Veio a resposta! O magistrado titular saiu de férias, o juiz designado tinha outro compromisso na mesma comarca, no mesmo dia!

De pronto fui disparand isso é uma brincadeira de mau gosto, deve ser coisa de 1º de abril, dia da mentira, coisa de menino de grupo escolar. Mas não era mesmo, não teve o julgamento. Todo mundo lá, advogados, jurados, serventuários, seguranças, a imprensa, etc.

Agora, veja bem, caro leitor, ligamos no dia anterior para saber se estava tudo normal. Resposta positiva! Mas a imprensa local, emissoras de rádio, Facebook e outras coisas mais já estavam sabendo da não-realização do julgamento, no dia anterior, ou até mesmo na segunda feira (10/12).

Que falta de respeito com a sociedade, com os jurados, serventuários, pessoal da segurança, com as testemunhas, com a acusada, com os advogados, etc. 

Aqui na terrinha, quando tem sessão do júri, os Senhores Jurados não têm lugar para colocar seus veículos, não podem estacionar no pátio do fórum, é proibido! Vejam bem que desfaçatez com os cidadãos que deixam seus afazeres para prestar um serviço para a Justiça, de forma gratuita, ter que deixar seus veículos na rua, sujeito a todo tipo de intempérie! Quando vou fazer júri como dativo – nomeado pela Justiça – da mesma maneira! Ou deixo o carro na rua, ou pago estacionamento do próprio bolso! É muito descaso, para não mencionar outro nome, com aqueles que prestam serviços de relevância para o bom funcionamento da Justiça! Tanto aqui, como lá e acolá, o mesmo comportamento! É lamentável; com a palavra, as Autoridades constituídas!! Não teve julgamento; não eram fake news, foi descaso mesmo!!!

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