O Tempo passou! E os filhos da ditadura, intitulados por Renato Russo de “Geração Coca-Cola”, já deixam o seu legado para uma nova geração que se apropria do tempo e do espaço. A Geração “i” já domina os campos de batalha no melhor termo da urbanidade possível. Bom, pelo menos nos videogames. O interessante é destacarmos que as angústias, por demais prolatadas pela geração criada por quem viveu a ditadura, sobretudo, nas profundezas da tortura e das perseguições, deram lugar a mensalões e níveis de corrupção que fazem gosto. E que gosto ruim! Gosto de perceber votos políticos de castidade servirem a mais velha das profissões. E o vento levou! Levou para geração “i”, os netos da ditadura, um legado de hipocrisia que busca nas comissões da verdade, bandeiras e sustentáculos degenerativos que aglutinam um misto de solução para lacunas de quem perdeu familiares com traços de quem não sustenta as próprias calças, pois como esperar resgates históricos de uma atualidade política que pratica quase que genocídios se considerarmos desvios astronômicos de verbas? Enquanto isso, a geração sonho de consumo do “medidinha certa” não sabe andar de ônibus, tem medo de arriscar e adora futebol. Claro! Se puderem baixar nas lojas virtuais de seus “Smartphones”. Estamos percebendo nossos jovens com o gosto insosso de quem não polemiza, navega superficialmente na web, e não racha os pés na areia. São inteligentes, mas, infelizmente, não enxergam que fazer política é necessidade premente para uma sociedade que busca ascensão no cenário mundial. E tal subida não pode valorar sucesso sem cidadania, prosperidade sem equivalência, desenvolvimento sem preocupações com sustentabilidade e desconstrução de bases sólidas para as células mais importantes de nossa sociedade, as famílias. Vamos dar tempero aos nossos jovens investindo na boa discussão e, se for preciso, buscarmos exemplos que realmente os levem uma vida digna e com muita participação. Se for preciso...
(*) Capitão da Polícia Militar de Minas Gerais
5ª Região de Polícia Militar
