POLÍTICA

Prefeitura deve ao Ipserv até o valor descontado em folha

Conselho Administrativo do instituto discute a situação, que prevê ainda repasses da cota patronal e de parcelamentos

Gisele Barcelos
Publicado em 09/11/2018 às 21:24Atualizado em 17/12/2022 às 15:19
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Conselheiros do Ipserv denunciaram ainda a retenção de outras consignações retidas na folha dos servidores

Conselho Administrativo do Ipserv (Instituto de Previdência dos Servidores Públicos Municipais) discute inadimplência em repasses da Prefeitura. Um balanço apresentado em reunião no mês passado aponta que a administração municipal está em atraso com repasses da cota patronal, parcelamentos e até com a transferência das contribuições mensais retidas no holerite dos servidores. 

Pelo relatório, a Prefeitura está em débito com as parcelas dos meses junho, julho, agosto e setembro das dívidas renegociadas, o que totaliza R$1.682.056,32. Além disso, a administração municipal também está inadimplente com os repasses das contribuições mensais retidas dos servidores e apresenta pendências com a cota patronal dos meses de agosto e setembro. Os conselheiros também denunciaram problemas com o recolhimento de valores de seguros de vida e outras consignações retidas em folha dos servidores e aposentados.

Questionado, o secretário municipal de Finanças, Wellington Fontes, confirmou as pendências de pagamento e argumentou que os problemas se devem aos atrasos nos repasses do governo estadual. “Se tivesse dinheiro, não estaríamos com essas dificuldades”, justificou, ressaltando que o débito do governo estadual com a Prefeitura já soma mais de R$100 milhões.

Segundo o titular da pasta, a falta do dinheiro previsto gera descompasso no fluxo de caixa e a Prefeitura não consegue cumprir os compromissos em dia, mas, à medida em que houver a entrada de recursos, os acertos serão feitos. Ele ainda argumenta que até o salário dos servidores precisou ser escalonado em dois lotes por causa da ausência de recursos nos cofres municipais. 

Fontes também pondera que a situação será regularizada no momento da renovação do CRP (Certificado de Regularidade Previdenciária). Ele salienta que o valor devido acumulado da cota patronal pode ser renegociado e pago de forma parcelada, como já vem sendo feito nos últimos meses. A certidão atual tem validade até 9 de dezembro.

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