ARTICULISTAS

A importância do(a) Administrador(a) para a economia brasileira

Nos últimos 17 anos, a manutenção dos pilares macroeconômicos – metas de inflação

Marco Antonio Nogueira
Publicado em 11/09/2011 às 15:31Atualizado em 19/12/2022 às 22:24
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Nos últimos 17 anos, a manutenção dos pilares macroeconômicos – metas de inflação, razoável controle das contas públicas, certa autonomia para o Banco Central e abertura econômica – fez o foco das discussões empresariais se deslocar para o nível microeconômico, aquele relacionado à gestão dos negócios e ao mercado de atuação das empresas.

Faz parte da pauta empresarial nos dias de hoje a busca por uma melhor gestão econômico-financeira, como criar e ou entrar em novos mercados, as estratégias empresariais, o lançamento de produtos e serviços, as ações para atrair a classe C ao consumo, a busca por diferenciação do portfólio de produtos e como capacitar e motivar mais e melhor os colaboradores, enfim, uma série de ações que, se não bem desenvolvidas e implementadas, contribuirão para o desaparecimento da organização.

O tempo que se precificava apenas acrescentando um percentual sobre as compras, onde os números da empresa “estavam na cabeça” do dono, onde o instinto era mais importante que o método, onde a tecnologia da informação era negligenciada, onde acertos políticos resolviam qualquer problema e a ética nos negócios não era importante. Estes tempos, se já não existem, estão em acelerado processo de enfraquecimento na economia nacional e mundial.

No ambiente de rápidas mudanças e de concorrência total, negligenciar fatos, dados, métodos e a ciência da gestão nos negócios não é mais permitido.

A profissionalização na gestão dos negócios é a maneira mais confiável de tornar a empresa competitiva e, por conseguinte, sobreviver em mercados cada vez mais exigentes e instáveis. O processo de profissionalização passa, necessariamente, pela presença de Administradores(as) no dia-a-dia dos negócios, uma vez que a área de Administração é uma das grandes “fontes” das metodologias, técnicas, conceitos e teorias que  contribuem significativamente com a competitividade empresarial. Ter colaboradores com uma graduação de qualidade e com um robusto embasamento em Gestão é a base da longevidade da empresa principalmente em um país onde a imensa maioria dos negócios está nas micro, pequenas e médias empresas.

Neste ano em que se comemoram os 46 anos da profissão do Administrador(a), é reconhecido o papel ativo que este profissional teve, tem e terá na melhoria da economia nacional, como o aumento das exportações, o surgimento de grandes multinacionais brasileiras, a criação de novos negócios, no desenvolvimento do empreendedorismo, na ampliação do mercado de consumo das classes C, D e E, na redução de preços e custos e do aumento da qualidade, e a melhoria das condições no trabalho.

É de ressaltar que o acima exposto foi obtido em ambiente macroeconômico de alta carga tributária, de uma burocracia elevada e “emperrada”, de taxas de juros elevadas, capital de giro caro e restrito e de grandes problemas de infraestrutura.

Ser Administrador(a) no Brasil e gerar resultados altamente positivos em um ambiente de sérias restrições é ser um profissional diferenciado.

(*) Prof. MSc.; diretor do curso de Administração/Uniube, campus de Uberaba/MG

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