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Horário de verão

No verão, como o Sol nasce mais cedo, os dias são mais longos. Já no inverno, como o Sol nasce mais tarde

Mário Salvador
Publicado em 05/11/2018 às 21:01Atualizado em 17/12/2022 às 15:09
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No verão, como o Sol nasce mais cedo, os dias são mais longos. Já no inverno, como o Sol nasce mais tarde, os dias são mais curtos. Com o horário de verão, instituído no Brasil, em 1931, por Getúlio Vargas (imitando o que já acontecia nos Estados Unidos), aproveita-se melhor a luz solar ao fim da tarde. O horário é adotado por 70 países, atingindo um quarto da população mundial. Japão, China e Índia optaram por não adotá-lo.

A queixa mais comum sobre o horário de verão é que “dormimos sem sono e acordamos dormindo”. E se ele já era complicado, este ano passou dos limites. O Presidente da República adiou o início para depois da realização das eleições. Mas algumas operadoras não atenderam ao decreto e adiantaram o relógio de computadores e celulares antes do início legal. Por isso, o Governo solicitou atenção das operadoras quanto ao novo dia.

Apesar de o Ministério da Educação ter solicitado novo adiamento, para a nova data não coincidir com o início das provas do Enem, o pedido não foi atendido. Então, esse já ficou sendo o primeiro teste para quem prestou Enem.

Desde 2016, há uma discussão sobre a continuidade desta prática, uma vez que a economia de energia talvez não compense os desgastes físicos que cada pessoa sofre. Adiantar relógio é fácil: no primeiro dia, a tarefa está cumprida; porém acertar o relógio biológico, que padece por causa da hora que lhe foi roubada, é mais complexo.

Até o dia de reverter o horário, nosso organismo já está bem adaptado à mudança, entretanto, ao reverter, o relógio biológico fica novamente comprometido. 

O setor elétrico prefere a permanência do horário de verão, em nome da economia de energia, que, em 2003, foi de R$400 milhões, e, em 2017/2018, de R$140 milhões. Mesmo assim, é significativo o número dos que preferem o fim do horário de verão. Se todo brasileiro usar conscientemente a energia no dia a dia, a economia será permanente e talvez mais racional. É um caso a estudar.

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