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Educação no trânsito

Mesmo com as inúmeras campanhas de educação no trânsito, o número de acidentes nas estradas é sempre assustador

Mário Salvador
Publicado em 22/10/2018 às 19:25Atualizado em 17/12/2022 às 14:41
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Mesmo com as inúmeras campanhas de educação no trânsito, o número de acidentes nas estradas é sempre assustador. E, em especial, nas férias, nos feriados e recessos escolares.

A Polícia Rodoviária se desdobra na vigilância das rodovias nesse período crítico, mas continuam flagrantes os casos de desrespeito e imprudência dos motoristas. Donde se conclui que o trabalho da polícia não é o bastante para evitar acidentes no trânsito. Com isso, resta, ao final de cada feriadão, saber o número de mortos e comparar esses números com os de anos anteriores, relativos ao mesmo período.

E de nada adiantam também os radares que flagram o motorista dirigindo em alta velocidade, às vezes acima dos duzentos quilômetros por hora. Nem as multas geradas a partir desse desrespeito à lei de trânsito. Em muitos casos, o excesso de velocidade está atrelado à ingestão de bebida alcoólica. Portanto, nem mesmo os radares intimidam motoristas bêbados.

Anúncios de bebida alcoólica, aliás, invariavelmente mostram a alegria dos consumidores do produto e associam a bebida a mulheres e homens lindos e sarados. Nos anúncios, nenhum consumidor aparece bêbado nem tem a conhecida barriga de quem bebe um pouco mais. No finalzinho de cada anúncio, aparece o alerta obrigatório por lei, que chama a atenção pela rapidez com que é lid “Se beber não dirija.” Pelo visto, a propaganda da bebida tem convencido mais que o alerta.

Alguns motoristas que se veem obrigados a ficar dirigindo por muito tempo sem dormir e, às vezes, até ingerem comprimidos para conseguir se manter acordados, expõem a si mesmos e a terceiros ao risco de morte na estrada. Também são capazes de provocar acidentes no trânsito a falta de manutenção do veículo, bem como das vias; ultrapassagens indevidas; falta do cinto de segurança e desobediência à sinalização.

E o modernismo se encarregou de dar mais uma arma letal ao trânsit o celular. Nem as multas de trânsito têm coibido os motoristas de usarem o celular enquanto dirigem. Alguns motoristas julgam ter poder especial que os torna capazes de dirigir e falar ao celular ao mesmo tempo. A falta de atenção provocada por esse equívoco faz dessa ação proibida uma tragédia anunciada – que pode ser uma batidinha ou um acidente grave, inclusive com morte.

Uma combinação de medidas pode ser a chave para que se evitem muitos acidentes no trânsito. E são primordiais, nessa campanha, a responsabilidade e a conscientização de todos os envolvidos no trânsito, como pedestres, motoristas, ciclistas e motociclistas. Há quem opte deliberadamente por correr algum risco no trânsito, na ilusão de que acidentes só acontecem com os outros. Porém, um segundo de bobeira de um único motorista pode provocar diversas mortes ou comprometer a vida de muitas pessoas. No trânsito, ser prudente nunca é demais; é uma prova de sabedoria e deveria ser sempre o compromisso de todos.

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