Vejamos algo que Bozzano incluiu no IV Caso de sua famosa obra, objeto de nosso estudo
Vejamos algo que Bozzano incluiu no IV Caso de sua famosa obra, objeto de nosso estudo. Trata-se de um conhecido escritor e jornalista norte-americano, William Dudley Pelley, do livro “Sete Minutos de Eternidade”.
No livro de Pelley, diz ele ter visto no mundo espiritual o que concorda em absoluto com o que já por mais de cem vezes descreveram várias personalidades de defuntos. E Bozzano volta a passar a palavra ao que se tornou médium:
“Deixemos, pois, que os modernos fisiologistas e psiquiatras expliquem o meu caso por meio da cômoda teoria da alucinação. Nada obstante, permito-me observar, a esse respeito, que as alucinações patológicas não conferem o dom de faculdades supranormais permanentes a quem a elas se acha sujeito e, ainda menos, põem os vivos em condições de entrarem em comunicação com defuntos, como se estes se achassem mais vivos do que nunca. [....]
Depois de conversar longo tempo com uma Grande Mente, que já não é deste mundo, uma outra voz se fez ouvir, falando em língua que eu não conhecia. [....] Vocábulo por vocábulo, ela [a estenografa] as escreveu freneticamente, como eu lhas ditava, tendo cuidado de grafá-las de modo a poderem ser lidas exatamente como eu as pronunciava. Doze páginas foram escritas nessa linguagem misteriosa. Decorridas algumas semanas, tive ocasião de submeter a mensagem a um douto filólogo, que verificou existir nela mais de um milhar de palavras em puro sânscrito. Era interessantíssimo o seu conteúdo, pois que se referia às condições em que hodiernamente se debate a civilização mundial... Advertiu-se-me de que a mensagem fora dada em língua sânscrita para refutar as teorias de muitos doutos superficiais que se deleitam em explicar estas manifestações contáveis entre as mais portentosas da natureza, denominando-as ‘o subconsciente...’”
E Bozzano acrescenta: “Este o interessante caso de ‘xenoglossia’ ocorrido pessoalmente com o narrador, caso do qual se verifica que a entidade comunicante foi induzida a ditar a mensagem em língua sânscrita com o intuito de preventivamente excluir a hipótese do subconsciente. Sem dúvida, as provas da ordem desta, que com persistência se renovam, vai para oitenta anos, devem racionalmente bastar a eliminar para sempre aquela hipótese de que tanto se tem abusado.”
(*) clínico geral e psiquiatra