Uma coisa é certa: somos corajosos. Nem precisa explicar muito, basta olhar ao redor ou para dentro de si. Sem nenhuma pretensão de esgotar a polêmica, esse raciocínio inflamável é tão indispensável, que merece atenção maior dos nossos neurônios, porque veremos que é mais uma questão de conceito do que de pura emoção. Depoimentos de terceiros sobre fulanos que são chamados de valentes ou covardes quase sempre violentam nosso bom senso. Caso fiquemos desprotegidos desses ataques insanos, nossa capacidade de análise será abduzida pela ignorância coletiva.
Um sujeito pode ser considerado corajoso ou covarde nas ações realizadas baseando-se, no mínimo, em três critérios: compreende o que realmente é o fato a ser decidido? Tem plena consciência das consequências diversas da decisão e os riscos possíveis, negativos ou positivos, a curto, médio e longo prazos, para si, para o próximo e para o ambiente que o cerca? Essa plena consciência das consequências está de acordo com as regras de boa convivência da nossa sociedade? Se foram respeitados esses itens, é sinal de que você está mais próximo do discernimento e sua decisão tem maior chance de ser saudável. Ou seja, se você respondeu três “sim”, seu farol está alinhado e ilumina longe. Corajoso é aquele que, após avaliar as perguntas e respostas, age para ser o autor de sua própria história. Caso contrário, será um simples co-autor, dirigindo cegamente sua autobiografia, como um pseudocorajoso movido por impulsos emotivos, com a sensação equivocada que lhe sobra valentia.
Para aqueles que são empresários... tenha visão e construa o futuro com sua sólida coragem empreendedora.
(*) publicitário, professor universitário, palestrante e consultor de Comunicação e Marketing
